Hoje apetece-me falar de algo completamente diferente...
Hoje de manhã ouvi na rádio que o Ministério da Educação ía fechar cerca de 800 escolas do 1º ciclo em todo o país, sendo que a maioria se concentra no norte do país. Contudo, poucos são aqueles que se dignam a dar-lhe a devida importância, preferindo outros temas muito mais mediáticos. De facto, este tema da educação não é nada mediático se não versar sobre estudantes universitários amotinados e revoltados com o pagamento, vil e injusto de 600 € por ano, de propinas. Mas adiante, estava a falar de escolas do 1º ciclo e da sua pouca importância para a vida do português no seu dia-a-dia.
A primeira coisa que ocorre ao 'portuguesinho' assim que ouve uma notícia destas é logo tecer considerações - do género 'Malandros; Patifes'- acerca do governo, porque cortou o orçamento para a educação. Infelizmente, não me parece que o problema seja de agora e nem me parece que tenha sido algo completamente imprevisível pois basta olhar para os números de natalidade em Portugal, para saber que a médio e longo prazo vão existir problemas deste género. E se a estes números juntarmos as deslocações da população do interior para o litoral, parece-me lógico que a situação tenda para se agravar.
Na edição online do DN, refere uma fonte do gabinete do Secretário de Estado Abilio Morgado, que se trata de uma 'optimização da rede'. Pois que outra resposta haveria de haver? É gestão a curto prazo, pois é. Podia ser uma gestão a médio e longo prazo, pois podia, mas é aqui que as coisas deixam de funcionar por incapacidade de coordenação, de estratégias a longo prazo, de todos os intervinientes políticos. E porquê? Perguntar-se-iam os mais curiosos. Porque os temas 'aumentar a natalidade' e 'fixar populações', não recaiem na esfera do Ministério da Educação e passam sim pelo incentivo à constituição de familias, que por si são a base de toda uma sociedade.
Fechar 800 escolas para optimizar a rede pública, até pode parecer que não tem grandes consequências, até porque os professores dos quadros têm o seu lugar assegurado. 'So what?' os professores dos quadros têm sempre o seu lugar assegurado. São funcionários públicos! Mas e daí o movimento das mães de Bragança, para expulsar as senhoras dedicadas a um modo de vida alternativo, também parecia que não teria grandes consequências até rebentar com toda a economia local (e diga-se que não resolveram o problema, mudaram-no foi de sitio sendo que os espanhóis agradeceram a delicadeza).
É claro que não vou dizer que estou contra o encerramento destes estabelecimentos de ensino. Sustentá-los artificialmente seria um desperdício de recursos, agora estou contra o facto de quem pode - e quem tem conhecimento destas questões de fundo - não ter nem coluna dorsal nem 'os ditos' no sitio, para inverter esta situação enquanto é tempo.
E com isto, não me refiro em particular a membros do actual governo (embora o pudesse fazer visto que ainda me lembro bem da importância que foi dada a estes temas no Coliseu dos Recreios), nem a membros do governo anterior. Refiro-me sim, a TODOS aqueles que ao longo do tempo poderiam ter feito alguma coisa e não o fizeram, e a TODOS aqueles que podendo fazer alguma coisa, continuam a não fazer.
Bom, e este é o meu breve pensamento do dia. Agora vou trabalhar.
2 comentários:
Amigo da onça!
Pensando melhor:
Amigo da onça? Talvez não... vou arranjar tempo para lhe responder!
A propósito das quotas, está tudo louco... a sério, anda tudo a tomar substâncias ilegais.
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