segunda-feira, junho 21, 2004

HOJE NÃO VOU DIZER MAL DE NINGUÉM.

Ou pelo menos, vou tentar não dizer mal de ninguém... se bem que isto vai um bocado contra a minha natureza eenquanto indíviduo e enquanto portador do património genético português. Logo, compreenda-se que isto envolve um esforço adicional da minha pessoa.

É verdade, estou contente. Apesar da nossa selecção se ter visto Grega para passar aos quartos de final, a verdade é que passaram. E até podemos perder o próximo jogo (desde que não seja contra os Franceses), mas ganhámos aos Espanhóis :-) Confesso que a mística não está no ganhar em si, mas sim no ganhar contra os malvados dos castelhanos e reavivar a memória colectiva dos aureos tempos do grande Império Português.

A propósito, os nossos aliados de longa data (a.k.a Ingleses), estavam um pouco excitados na passada sexta-feira e mais uma vez envolveram-se numa amistosa relação de dar-e-receber (se bem que nós somos uns mãos largas e damos sempre mais do que recebemos), com a GNR em Albufeira. Ora, até aquela data eu não conseguia compreender porque é que os moços bebiam tanto, mas depois de ver as imagens na televisão compreendo o tamanho de tal frustração. Senão reparem, numa das imagens que passou andava um indígena - visivelmente inebriado e sem qualquer sentido de pudor - pulando alegremente de copo na mão, mostrando a quem quisesse ver que não se tratava de um transsexual e que, apesar das suas pequenas dimensões, tinha muito orgulho nisso.

Aquilo sim, foi como que um grito de libertação dizendo: «Sim! Somos pequinitos, mas grandes de espírito!». Aquele moço teve a coragem de o fazer à frente da televisão para que todos vissem, mas compreende-se que os seus conterrâneos se sintam mais acanhados e por isso se refugiem na bebida. Atenção, isto não é dizer mal. Dizer mal seria se eu tivesse escrito qualquer coisa como: «O quê, mas aquilo serve para alguma coisa? É que se é só aquilo que têm para mostrar, realmente é melhor esconder e apanhar uma piela».

Mas adiante, que fique registado que em qualquer um dos casos a esperança é a última a morrer.

1 comentário:

crack disse...

Mauzinho, Anthrax, venenoso!
O que seria, então, se resolvesse dizer mal?!
De qualquer forma, importa não esquecer o Beckman...