Há algumas coisas, nos dias que correm, que me deixam fora de mim e entre elas encontram-se a burrice e a estupidez que flagelam a sociedade actual.
Por muitas voltas que dê, não consigo encontrar um pingo de compaixão por aqueles que são incapazes de pensar pelas suas próprias cabeças, por aqueles que encontram conforto nas palavras das doutrinas pré-concebidas às quais se submetem religiosamente, perdendo assim a faculdade de perguntar "Porquê?".
De hoje em dia assistimos - ou alguns de nós assistem - à queda vertiginosa da inteligência, seja ela a individual ou a colectiva. Por muito imbecil que pareça, conseguimos hoje ser menos inteligentes do que os nossos avós o eram nos seus dias.
Hoje, não precisamos de exercitar o cérebro à procura de de respostas e soluções para os problemas com que nos deparamos, isto porque nos basta entrar num supermercado doutrinário e escolher a resposta, a solução ou a decisão que melhor nos serve. É bom... Providência-nos uma sensação de bem-estar que nos atordoa constamente os sentidos e nos adormece. Torna-nos preguiçosos, relaxados e faz com que estejamos a educar as novas gerações na arte da preguiça intelectual. Não precisamos de nos esforçar por raciocinar porque há alguém, ou alguma coisa que o pode fazer por nós. São coisas que nos invadem o quotidiano e que nos passam despercebidas, senão vejamos:
No dia a dia, por razões profissionais ou por outra razão qualquer, escrevemos os nossos textos no computador e colocamos o corrector ortográfico a funcionar. No fim, esperamos que o dito corrector faça aquilo que devíamos ter aprendido na escola e nos corrija os erros. No entanto, se existir alguma gralha que tenha escapado, ficamos logo a saber que o corrector ortográfico é uma grandessíssima porcaria. O sentimento de responsabilidade fica aliviado porque a culpa não é nossa mas sim do corrector que não funcionou e por isso, não camuflou a prova da nossa ignorância.
Outra coisa curiosa é o facto de quantos de nós conseguem fazer somas, subtracções, multiplicações ou divisões sem nos socorrermos dos dedos ou das máquinas de calcular? Há alguns anos atrás, um merceeiro com a 4ª classe era capaz de fazer cálculos em tempo recorde sem precisar do auxílio das máquinas.
É verdade... Os tempos mudam. Mas não é contra a mudança que me insurjo. É bom mudar. Insurjo-me contra o facto de que os meios que deveriam ser utilizados para cultivar a nossa inteligência, estão a ser utilizados para fomentar a nossa ignorância e porquê? Porque a maior parte das pessoas se encontram num fabuloso estado de torpor e são incapazes de fazer a triagem da enorme quantidade de informação com que são bombardeadas todos os dias.
Tudo se consome. Não se pensa, não se questiona. Parece que fomos submetidos a um processo de castração mental que nos faz aceitar aquilo que alguém acha que é melhor para nós sob pena de se ser ostracizado e punido se não se concordar.
Notícia de última hora: A manifestação da Frente Nacional (ou do PNR, whatever), agendada para este sábado.
O Ponto de vista dos meios de comunicação social: Manifestação de Skin heads. Manifestação racista e xenofoba.
"Tremam Todos! Eles são maus. Muito, muito maus!" É a mensagem que a comunicação social quer fazer passar quando alguém ousa fazer frente à sua doutrinação de um pseudo-pacifismo doentio e esclerosado que se recusa a observar a sociedade tal como ela é e pretende comentá-la tal como eles gostariam que fosse, nem que seja à força. Isto é que é democracia, meus senhores, somos livres de pensar como eles ou de não pensar de modo algum, porque se pensarmos de maneira diferente podemos ser apelidados de várias coisas todas elas injuriosas.
Digo-vos não há nada pior do que a hipocrisia destes falsos pacifistas para quem um acto de violação das regras de uma sociedade só é um crime , consoante o tom de pele ou a língua em que se fala.
Pergunta: Que raio de Democracia é esta, onde uma minoria parece que conta mais do que uma maioria e que não bastando isso, ainda lhe dita as regras?
Pergunta: Que tipo de liberdade é esta que nos impede de pensar ou falar contra a corrente?
Pergunta: Mas que raio de liberdade é esta, que quer estabelecer de quem devemos gostar e quem devemos detestar?
Finalmente, pergunta: Quem é que era aquele soldadinho de chumbo, lobotomizado, para apelidar uma manifestação de "racista e xenofoba", utilizando os termos de uma forma injuriosa e punitiva contra aqueles que ousam pensar diferente?
Não se deixem confundir "amiguinhos", eu não sou de extrema-direita simplesmente porque não me revejo nos principios políticos que defendem. No entanto, no que toca a esta manifestação, têm todo o meu apoio quanto mais não seja por três motivos:
1º Porque ousaram manifestar-se e assumiram que pensavam de maneira diferente.
2º Porque não foram naquela história do "coitadinhos. É um problema social a ser resolvido um dia destes."
3º Porque é o nosso país, é o nosso território e são as nossas leis. Ou as respeitam, ou se não as respeitam sempre podem voltar para de onde vieram.
Se isto é ser racista, xenofobo, fascista so on and so forth, bom... então eu se calhar sou isso tudo também, mas pelo menos não sou hipócrita. :)
2 comentários:
Resposta: É uma democracia que não conhece a máxima dos "Vulcanos" do Star Trek "The needs of many outweight the needs of one!"...e quem diz que não se aprende nada a ver o Mr.Spock?!
Resposta: É uma liberdade de pensamento meu caro Anthrax...que eu saiba ninguém falou em liberdade de discurso...Qualquer bom advogado percebe isso!...Pena é que eu não sou advogado...Logo não percebo isso...
Resposta: É a mesma liberdade que nos diz que está mal dizer aos meninos que não podem passar de ano quando são burros, ou que um fumador pode processar uma tabaqueira porque não fazia ideia que o tabaco faz mal, ou que um bebado atrás de um volante que mata uma criança é desculpado porque estava bebado e tem problemas em casa, ou que...ahhh! já chega senão nunca mais saio daqui!...
Resposta: Aquele soldadinho de chumbo era um daqueles intelectuais de esquerda que tanto fala da liberdade de existir, fuma drogas e é pela paz, mas que se fôr preciso vai para a Colômbia raptar inocentes ou vai ajudar o Osama a pôr bombas num comboio em Madrid...Mas só pode existir se pensar como ele, caso contrário deve ser marginalizado por querer cumprir a lei.
CONCLUSÃO:
a) Não abona nada a favor da manifestação, e da sua causa, individuos que a justificam com o D.Afonso Henriques, e a luta contra os mouros e os espanhóis, e blá blá blá...Hmmm! Porque será que a TV não entrevistou um único que dissesse alguma coisa de jeito e razoável?!
b)Para os IE (Intelectualóides de Esquerda) a única lei que toda a gente deve cumprir é a que diz respeito ao pagar impostos...que é para os meninos receberem os apoios do Estado, os subsídios de que vivem, as subvenções de apoio "à cultura", ou seja, básicamente viverem À nossa conta sem terem que fazer algo de produtivo na vida!
c) Infelizmente, de um ponto de vista jurídico "aqueles" de quem se fala são portugueses (aos olhos da lei e não dos meus), como tal não se podem expulsar. No entanto, podia-se voltar a dar à Madeira o propósito para o qual foi pensada aqui "à uns anitos atrás", ilha de "indesejáveis" e recambiávamo-los todos para lá, assim era Portugal (excepto para a Ministra da Educação) e ao mesmo tempo não os tinhamos por cá, e o "warden" do local punha-os todos a trabalhar enquanto o diabo esfrega um olho. E ai de quem abri-se a boca a dizer mal...
Resposta:
«Resposta: É uma democracia que não conhece a máxima dos "Vulcanos" do Star Trek "The needs of many outweight the needs of one!"...e quem diz que não se aprende nada a ver o Mr.Spock?!»
- Jamais me atreveria a dizer que não se aprende nada com o Mr. Spock, ainda que não seja das minhas séries e/ou personagens favoritas.
«Resposta: É uma liberdade de pensamento meu caro Anthrax...que eu saiba ninguém falou em liberdade de discurso...Qualquer bom advogado percebe isso!...Pena é que eu não sou advogado...Logo não percebo isso...»
- Liberdade de EXPRESSÃO, meu caro Vírus. Cada um tem o direito de se exprimir da forma que entende.
«Resposta: Aquele soldadinho de chumbo era um daqueles intelectuais de esquerda que tanto fala da liberdade de existir, fuma drogas e é pela paz, mas que se fôr preciso vai para a Colômbia raptar inocentes ou vai ajudar o Osama a pôr bombas num comboio em Madrid...Mas só pode existir se pensar como ele, caso contrário deve ser marginalizado por querer cumprir a lei.»
- Amén caro Vírus.
Relativamente à conclusão:
«a) Não abona nada a favor da manifestação, e da sua causa, individuos que a justificam com o D.Afonso Henriques, e a luta contra os mouros e os espanhóis, e blá blá blá...Hmmm! Porque será que a TV não entrevistou um único que dissesse alguma coisa de jeito e razoável?!»
- Relativamente a este ponto a), devo dizer que pode haver três explicações:
- a 1ª é que os meios de comunicação social têm o condão de manipular a informação que chega aos consumidores finais e fazem-no sempre que desejam veícular determinada ideia. Funcionam um bocado como aquela história do Pastor e dos Lobos, no dia em que contarem a verdade ninguém vai acreditar neles. ( a melhor forma de verificar isto é gravar a mesma notícia transmitida pelos canais todos e depois fazer a comparação).
- 2º Pode dar-se o caso de que, de facto, não havia mesmo ninguém de jeito para defender a causa, o que não é assim tão absurdo quanto isso.
- 3º pode ser uma combinação das duas anteriores.
«c) Infelizmente, de um ponto de vista jurídico "aqueles" de quem se fala são portugueses (aos olhos da lei e não dos meus), como tal não se podem expulsar.»
- Caro Vírus, não é bem assim. O facto de se nascer em solo português não confere, automaticamente, nacionalidade portuguesa. Ou pelo menos não conferia. E depois, há sempre a possibilidade de fazer o que os americanos fazem.
«No entanto, podia-se voltar a dar à Madeira o propósito para o qual foi pensada aqui "à uns anitos atrás", ilha de "indesejáveis" e recambiávamo-los todos para lá, assim era Portugal (excepto para a Ministra da Educação) e ao mesmo tempo não os tinhamos por cá, e o "warden" do local punha-os todos a trabalhar enquanto o diabo esfrega um olho. E ai de quem abri-se a boca a dizer mal...»
- Não discordo, até porque o Tio Alberto João daria um bom 'Warden', no entanto só acho que a ideia é um tanto ou quanto perturbadora porque - quer queiramos quer não - a ilha tem os seus encantos. Por este motivo, ilha por ilha, mais vale recambiá-los para as Desertas (Não direi as Berlengas por fica muito perto do Território Continental). Ou então, reclama-se o Direito sobre o Tarrafal.
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