Por diversas vezes dou comigo a pensar no que é que estas duas criaturas têm que, conseguem congregar uma legião de fãs à sua volta e conseguem a mais completa devoção às suas causas. Alerto que, no entanto, neste restrito grupo devemos igualmente incluír o candidato independente à CM de Oeiras Isaltino Morais e o candidato independente à CM de Gondomar Major Valentim Loureiro.
Estas 4 personagens, praticamente saídas de um romance burlesco do século XIX, têm uma coisa que nenhum político da AR actualmente tem. E isso é CARISMA. As pessoas tendem a simpatizar com eles. Nos discursos, apelam directamente às emoções do seu eleitorado e transformam-se naquilo que, inconscientemente, todos querem que eles sejam (seja futebol ou seja política), isto é, transformam-se em pais.
O povo português gosta de ter um pai que lhe resolva os problemas, que lhe indique o caminho que deve seguir, que tome conta dele, que de vez enquanto dê uns murros na mesa para pôr ordem na casa, enfim nós portugueses somos assim e só construímos verdadeiramente alguma coisa quando há um dirigente com essas características.
Por acaso, não era nada disto que eu ía escrever. Muito antes pelo contrário, ía já começar a mandar bocas foleiras acerca destas personagens, mas de facto não o posso fazer (ou pelo menos, não agora). Eu até posso discordar das possíveis condutas destes senhores, posso discordar das suas ideias - o que não é fácil, pois o discurso é sempre (ou quase sempre) direccionado para questões com as quais todos se identificam - mas tenho de admitir que, independentemente das coisas eles tratam bem dos seus 'súbditos'... Ora bolas!... Há dias em que detesto pensar. Não era sobre nada disto que eu ía escrever!
3 comentários:
Hmmm...sobre o carisma julgo que não podemos esquecer o Prof.Cavaco Silva...o "grande mestre" e paizinho deste povinho, que qual D. Sebastião todos anseamos que regresse envolvido pela "bruma" da medíocridade que nos cerca cada vez mais...e que com a sua "luz" afaste toda esta pobreza ideológica e social que nos oprime (a nós e à nossa economia)...
Pois... Eu não mencionei o "grande mestre" de propósito. Porque esta história de ser o 'paizinho' do povito, tem as suas coisas e tal como qualquer pai, mais cedo ou mais tarde, tem de lidar com adolescentes rebeldes e/ou adolescentes inadaptados (que a bem ver, foi o que lhe aconteceu).
Cansado daquele autoritarismo paterno, o povito resolveu dar-se para adopção e mudar de pai. Optou por um outro muito mais permissivo que, não fazia perguntas cada vez que lhe pediam dinheiro emprestado e/ou lhe pediam as chaves do carro para ir dar uma voltinha. Enfim, um gajo porreiro cuja única qualidade que tinha era essa mesmo e mais nenhuma.
Depois vieram os irmãos por afinidade que para além de imbecis, eram também incompetentes e se tinham alguma qualidade esconderam-na muito bem escondida, porque ninguém deu por ela.
E agora veio um que, não sabe lá muito bem o que é que gostava de ser quando for grande, mas eu se fosse a ele, afastava-me da política enquanto é tempo.
essas duas criaturas são a memória viva da incompetência do poder judicial (e político)português, pois em qualquer país decente já estavam na cadeira
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