terça-feira, agosto 02, 2005

100 CÃES A 1 OSSO

E assim vai a Segurança Social em Portugal.

Notificam os mortos (Sim! Lá porque está morto não quer dizer que não pague impostos. Quanto mais não seja deve pagar uma renda mensal pois está a ocupar um espaço no cemitério. Esta cláusula não é aplicável aos mortos que foram cremados. Esses são dissidentes, deviam ser perseguidos e mortos outra vez por fuga aos impostos.).

Notificam contribuintes errados (Sim! Também acontece, notificarem as pessoas erradas que, a julgar pelo tom imperioso das cartas, são culpadas até provarem o contrário. Ou seja, até podem ser inocentes mas primeiro deverão pagar e só depois é que têm o direito de reclamar. Eventualmente poderão reaver o dinheiro pago em excesso através de algum desconto à posteriori).

Digo-vos, isto é uma estratégia fantástica da parte da Segurança Social. Não sei quem foi a ‘carola’ que a inventou, mas creio que devia receber uma condecoração no próximo dia 10 de Junho de 2006. Porque esta criatura, não perdeu tempo a pesquisar, investigar e analisar o assunto, nem pôs ninguém a pensar (o que é comum na função pública, pois para pensar estão lá eles os outros ou estão lá somente para executar, ou são meros figurantes), chegou, olhou para aquilo e toca a notificar toda a população activa e inactiva portuguesa (que do jeito que a coisa vai, já não devem ser muitos daí terem de notificar aqueles que cessaram – inoportunamente – a sua existência). Esta mente brilhante adoptou a estratégia da publicidade para massas. Isto é; “Atiramos a todos que algum haverá de cair”.

Insurreição, é o que é... Isto merece uma verdadeira insurreição. Por acaso, não recebi nenhuma notificação destas, caso contrário utilizá-la-ia como papel higiénico (afinal estamos todos em contenção de despesas, não é verdade? Temos de reciclar.), e devolvê-la-ia aos serviços devidamente perfumada.

Estão a ver, não é preciso fazer uma grande ‘chinfrineira’, nem ir para a rua berrar palavras de ordem e bater na ‘bófia’ (ou vice-versa que costuma ser mais o caso), para demonstrar desagrado com uma determinada situação. Há formas muito criativas de o fazer, que vão desde o enviar, para os serviços, folhas de fax todas pretas, passando por inundar-lhes as mailboxes com coisas perfeitamente estúpidas e cretinas (nestes casos, é sempre bom utilizar várias contas de webmail e enviá-los de vários IP’s possíveis, não vão as criaturas ter alguém que perceba minimamente de informática – o que é raro, mas não impossível), até arranjar uma boa quantidade de insectos pessonhentos e despejá-los nos serviços (tipo, despejar uma saca de gafanhotos. Era o pânico, era o que era! Mas era lindo). A isto chama-se protestar de forma pacífica, que não mata mas mói à brava. Que é a mesma coisa que dizer, somos boas pessoas mas não somos ‘tolinhos’.

1 comentário:

Virus disse...

Caro Anthrax, o Sr. que teve as ideias até as teve muito bem! O problema é que como não lhe pagam para fazer horas extraordinárias ele não teve tempo para pensar no plano todo do princípio ao fim (sim porque o seu a seu dono, 3 horas de trabalho diário não chega para tudo) logo ficou-se pela fase da "vamos a pegar em todos os nomes e moradas e vamos lá a mandar umas cartitas!". Porque a fase do cruzamento de dados é mais complicada, gasta mais tempo recursos e por consequência dinheiro. O objectivo é sacar dinheiro não é gastá-lo em programas informáticos, horas extraordinárias e trabalho suplementar para ter todas as bd's actualizadas ao dia. E se isso tivesse sido feito os "potenciais" contribuintes seriam muito menos, logo o encaixe (esperado)seria muito menor, e por consequência gastar-se-ia mais dinheiro com o desenvolvimento da ideia. Do ponto de vista da gestão (se é que assim se pode chamar isto) é uma estratégia completamente errada. Resumindo, aplica-se o princípio já existente nas Finanças, o do pagas primeiro e bufas depois, pois À partida todos são culpados de alguma coisa, o que não interessa, as provas não é preciso, cabe ao contribuinte provar que é uma pessoa de bem, e não ao Estado mostrar que o contribuinte não é uma pessoa de bem, ou seja assiste-se mais uma vez (como em quase tudo o que diz respeito ao Estado) à inversão do ónus da prova. E é para quem quer...quem não gosta que emigre que já cá temos gente a mais a "mamar" reformas, baixas e subsidios de desemprego e afins...Como isto não é como num banco, onde se nos chatearmos tiramos de lá todo o nosso dinheiro e vamos para a porta ao lado, azar o nosso! Comam e calem...que é para isso que andam a pagar!

E no meio de tudo isto quem ganha são os CTT...