quarta-feira, setembro 14, 2005

A REVOLTA DOS MILITARES

Aqui há uns dias atrás os militares resolveram manifestar-se à porta de uma qualquer instituição, cujo nome não me lembro, contestando a política do governo. Por azar, muitos envergavam as suas fardas.

Compreendo os motivos dos seus protestos, mas não posso concordar com o facto de se terem manifestado fardados. São militares e acima de tudo, os seus deveres são para com o País e para com as Instituições que representam. Não são meros funcionários públicos, porque se o querem ser, então devem abdicar das suas carreiras militares.

No que respeita à manifestação prevista para ontem e que acabou por não se concretizar, penso que a decisão (quer do Governo Civil, quer do Tribunal), foi bastante acertada.

Tal como já tive oportunidade de referir, por diversas vezes, há muitas formas de protestar e quem não tem cão, caça com gato. Por isso, também acho que foram muito imaginativos no que toca à solução encontrada para realizar o protesto. Mas há muitas outras maneiras de protestar.

Lembrem-se do que são e do que representam. Lembrem-se que a “populaça” ( de um modo geral ignorante em assuntos militares), acha que vocês gastam muito dinheiro ao Estado e que esse dinheiro, deveria ser usado para outros fins (e.g. construir hospitais, e escolas como se as que existem não estivessem a fechar por falta de alunos). Logo, se utilizarem os métodos do funcionalismo público, não vão fazer com que o resto das pessoas adiram ao vosso discurso. Muito pelo contrário, vão preocupá-los um bocadito.

Lembrem-se também que, há por aí uns deficientes mentais que acham que o dinheiro da Defesa Nacional devia ir para a “Ajuda Humanitária” (ou seja para dar de comer aos Falcões), e que por isso é que Portugal não evolui. Estas, são as mesmas pessoas que, por sofrerem de algumas limitações intelectuais, costumam “chiar” à brava, escandalizadas, quando os pescadores portugueses são agredidos no Algarve e depois ainda perguntam onde estão os barcos da Guarda Costeira ou da Polícia Marítima?

São também estas, as pessoas que ficam muito chocadas quando se passam reportagens na televisão tipo; EcoTurismo versus Ambientalistas e também perguntam, onde estão os barcos?

Estas, são também aquelas que se insurgem contra a redução da nossa zona económica exclusiva porque isso vai afectar as economias locais, mas porque o ‘tico e o teco’ já abandonaram aqueles cérebros há algum tempo, não conseguem perceber que a dimensão da zona é incompatível com os meios disponíveis para garantir a segurança da mesma.

Estão a ver, na pequena cabecita desta gente, a Defesa Nacional e consequentemente os militares, são perfeitamente dispensáveis (e eu só abordei algumas questões internas. Que faria se me pusesse para aqui a falar da Guerra do Iraque?), por isso quando protestarem, façam-no inteligentemente.

Sem comentários: