Como sempre, a crónica do Professor João Carlos Espada na revista do Expresso é de não perder. Por isso, não resisto a publicar, aqui, a última parte do seu texto (com o qual estou de acordo):
"Em Portugal e por essa Europa fora, houve muito boa gente que atribuiu a Napoleão e aos seus exércitos uma acção libertadora. Esse equívoco exprime o equívoco profundo que domina há muito a cultura política continental: o equívoco da eterna rivalidade entre revolução e contra-revolução.
Na tradição política de língua inglesa, essa rivalidade é vista com suprema suspeição: revolucionários e contra-revolucionários são apenas bárbaros de sinal contrário. Como explicava Edmund Burke, nenhuma sociedade será capaz de preservar se não for capaz de transformar. E nenhuma sociedade será capaz de olhar para o futuro se não for capaz de honrar o seu passado."
"Em Portugal e por essa Europa fora, houve muito boa gente que atribuiu a Napoleão e aos seus exércitos uma acção libertadora. Esse equívoco exprime o equívoco profundo que domina há muito a cultura política continental: o equívoco da eterna rivalidade entre revolução e contra-revolução.
Na tradição política de língua inglesa, essa rivalidade é vista com suprema suspeição: revolucionários e contra-revolucionários são apenas bárbaros de sinal contrário. Como explicava Edmund Burke, nenhuma sociedade será capaz de preservar se não for capaz de transformar. E nenhuma sociedade será capaz de olhar para o futuro se não for capaz de honrar o seu passado."
Sem comentários:
Enviar um comentário