Há uns anos atrás, pensava que aqueles que fugiam ao pagamento das contribuições fiscais deviam ser punidos exemplarmente. Nesta época, eu ainda achava que o Estado tinha o dever de olhar pelos seus cidadãos porque era esse o seu papel.
Depois comecei a dar-me conta de pequenas coisas que iam acontecendo e gradualmente a minha posição foi-se alterando. Dei-me conta que:
- Se quero usufruir de serviços de Saúde, ou tenho um seguro ou estou arrumado porque não resolveria o meu problema em tempo útil.
- Se quero usufruir de uma reforma, ou faço um PPR ou não há garantias que a Segurança Social não estoire antes de me reformar.
- Se passo recibos verdes e fico desempregado (que não é uma coisa assim tão estapafúrdia), não recebo subsídio de desemprego.
- Se quero comprar uma casa, tenho de pedir um empréstimo ao banco e pagá-la.
- Se quero ter acesso a uma boa educação, tenho de a pagar.
- Se quero ter acesso à Justiça, tenho de pagar.
Ou seja, se quero alguma coisa, tenho sempre de pagar.
Assim, instituiu-se a ideia do utilizador-pagador.
Estou absolutamente de acordo. Quem utiliza deve pagar. É justo.
Agora a questão que se levanta é; Então e quem não usa? Se quem não usa tem de pagar na mesma, é injusto.
Logo nesta lógica, o que nós temos é um Estado injusto e se o que temos é um Estado injusto, então o que aparentemente parece um crime, transforma-se, na realidade, num dever. Porque se o Estado não cumpre com as suas obrigações, porque haveriam os indivíduos de cumprir com as deles?
Depois comecei a dar-me conta de pequenas coisas que iam acontecendo e gradualmente a minha posição foi-se alterando. Dei-me conta que:
- Se quero usufruir de serviços de Saúde, ou tenho um seguro ou estou arrumado porque não resolveria o meu problema em tempo útil.
- Se quero usufruir de uma reforma, ou faço um PPR ou não há garantias que a Segurança Social não estoire antes de me reformar.
- Se passo recibos verdes e fico desempregado (que não é uma coisa assim tão estapafúrdia), não recebo subsídio de desemprego.
- Se quero comprar uma casa, tenho de pedir um empréstimo ao banco e pagá-la.
- Se quero ter acesso a uma boa educação, tenho de a pagar.
- Se quero ter acesso à Justiça, tenho de pagar.
Ou seja, se quero alguma coisa, tenho sempre de pagar.
Assim, instituiu-se a ideia do utilizador-pagador.
Estou absolutamente de acordo. Quem utiliza deve pagar. É justo.
Agora a questão que se levanta é; Então e quem não usa? Se quem não usa tem de pagar na mesma, é injusto.
Logo nesta lógica, o que nós temos é um Estado injusto e se o que temos é um Estado injusto, então o que aparentemente parece um crime, transforma-se, na realidade, num dever. Porque se o Estado não cumpre com as suas obrigações, porque haveriam os indivíduos de cumprir com as deles?
3 comentários:
Dever patriótico! Recusem facturas, metam tudo da conta da farmácia, peçam orçamentos s/ IVA,...Temos que retirar todo o dinheiro possível ao estado! E todo o cêntimo ajuda...
A isto deveria chamar-se "desinvestir" no estado. É um dever patriótico sim senhor!
Nao me levem a mal, mas tanto o texto original, como os comentario, sao absurdos. O papel do estado vai muito alem daquilo que pensam e daquilo que se ve. A luz da rua, a policia, as estradas, etc etc é tudo pago por todos nós. Nao se pode fazer uma analise do que "eu" pago e do que "eu" recebo
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