"E lá está o senhor a falar de coisas de há 10 anos atrás!" - dizia ontem o mp3 (diga-se que aquele cartaz azul, onde o tio super-Mário, aparece de beiços pintados de negro como se fosse um gótico - sem desrespeito para os góticos - é muito jeitoso. O criativo que fez aquela coisa devia ser condecorado no próximo 10 de Junho com a medalha do mau-gosto).
Curiosamente, não importa falar de coisas de há 10 atrás, mas importa falar de coisas de há 20 anos atrás. Diriam alguns: "É como o vinho do Porto, quanto mais antigo melhor.".
Confesso que não tenho grande paciência para ouvir debates e muito menos para ouvir desvarios de um senhor que às 22 horas já devia estar a fazer ó-ó. A antiguidade não é um posto e a idade não justifica atitudes politicamente impróprias, como aquelas a que se assistiu ontem à noite, pois se o Prof. Cavaco é um economista razoável, então o Dr. Soares é um político medíocre que não consegue chegar nem aos calcanhares do homem político que foi o Dr. Álvaro Cunhal (independentemente da ideologia que defendia). Que faria, se o Prof. Cavaco o acusasse de ter pisado a bandeira Portuguesa nos seus tempos de "refugiado político"? (sim, é verdade e a RTP deverá ter essas imagens em arquivo se ainda não as destruiu).
Assistimos a um Mário Soares que, dotado de uma agressividade infantil, lançava ataques despropositados ao seu oponente e que dizia que um Presidente da República pouco mais era do que um moderador (basicamente é entendimento do mp3). Ou seja, para o Dr. Mário Soares, o PR é um mero agente passivo que está ali para cortar fitas.
A lei é geral e abstracta, cada um interpreta como quiser e se o Dr. Soares gosta cortar fitas, sopas e descanso, tanto melhor para ele. O Prof. Cavaco prefere ser um bocado mais interventivo e sabe que pode fazê-lo, logo tem mais é que agarrar-se às suas convicções e andar para a frente. Pode não ser um homem de retórica - e ainda bem que não o é, porque as palavras leva-as o vento - mas é preferível que seja um homem de acção porque o país precisa.
1 comentário:
Ora nem mais Dr. Pinho Cardão.
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