Querido diário,
No dia de ontem conheci a nova chefia.
Ao contrário do que havia acontecido da primeira vez que nos cruzámos, não só disse "Boa tarde" (não podia ser "Bom dia" porque já era de tarde), como me recebeu à porta, com um aperto de mão e foi muito simpática.
No que respeita ao aperto de mão, aquilo foi um aperto à «peixe-morto» (para os entendidos nestas coisas, um aperto de mão deste género significa qualquer coisa como "pronto, está bem vamos lá aturar estes"). Por via das dúvidas, dei-lhe um apertão a sério e virei-lhe a mão para baixo (sim, sim, por uma questão de domínio, porque dos nossos assuntos ela não percebe um boi e porque não estava ali para lhe fazer festinhas na mão. Há quem diga que é a manifestação de um carácter dominador, eu digo que foi só para marcar uma posição).
Bom, uma vez ultrapassado este pequeno e curioso detalhe, passámos para a parte da «cumbersa». Esta correu bastante bem, falámos cerca de 2 horas, ela mostrou-se atenta e interessada, com a cabeça no lugar e ideias - para o curto prazo - bastante claras e execuíveis, que bem geridas podem ser muito positivas para nós. Também ficou muito interessada em saber que tinha sido eu, o perito nomeado pela C.E, para fazer parte do grupo de consulta da Comissão Europeia para os novos programas comunitários (eu no caso dela, também estaria interessado
porque por aí pode-se assegurar muita coisa a médio prazo e isso interessa-lhe tanto a ela como a nós).
Gostei da postura profissional dela durante a nossa reunião e que foi totalmente contrária à impressão que tinha tido inicialmente. É claro que , continuo a achar que houve ali umas coisas que poderiam (e deveriam) ter sido conduzidas de outra maneira, mas suponho que cada um tem a sua maneira de lidar com este tipo de coisas. Ainda assim, prefiro não tirar conclusões precipitadas e deixar correr o marfim.
Vamos dar tempo à moça para se ambientar, é a minha política... é claro que ali no burgo, nem toda a gente pensa assim e muito menos estão dispostos a assumir a responsabilidade que ela pretende delegar nas pessoas (o que é muito triste por parte destes meus colegas, porque quando não se assume a responsabilidade pelo trabalho que se faz, bem ou mal, revela-se uma grande fraqueza de carácter e muita falta de profissionalismo. Tinha-os em outra conta).
Enfim, vamos ver.
No dia de ontem conheci a nova chefia.
Ao contrário do que havia acontecido da primeira vez que nos cruzámos, não só disse "Boa tarde" (não podia ser "Bom dia" porque já era de tarde), como me recebeu à porta, com um aperto de mão e foi muito simpática.
No que respeita ao aperto de mão, aquilo foi um aperto à «peixe-morto» (para os entendidos nestas coisas, um aperto de mão deste género significa qualquer coisa como "pronto, está bem vamos lá aturar estes"). Por via das dúvidas, dei-lhe um apertão a sério e virei-lhe a mão para baixo (sim, sim, por uma questão de domínio, porque dos nossos assuntos ela não percebe um boi e porque não estava ali para lhe fazer festinhas na mão. Há quem diga que é a manifestação de um carácter dominador, eu digo que foi só para marcar uma posição).
Bom, uma vez ultrapassado este pequeno e curioso detalhe, passámos para a parte da «cumbersa». Esta correu bastante bem, falámos cerca de 2 horas, ela mostrou-se atenta e interessada, com a cabeça no lugar e ideias - para o curto prazo - bastante claras e execuíveis, que bem geridas podem ser muito positivas para nós. Também ficou muito interessada em saber que tinha sido eu, o perito nomeado pela C.E, para fazer parte do grupo de consulta da Comissão Europeia para os novos programas comunitários (eu no caso dela, também estaria interessado
porque por aí pode-se assegurar muita coisa a médio prazo e isso interessa-lhe tanto a ela como a nós).
Gostei da postura profissional dela durante a nossa reunião e que foi totalmente contrária à impressão que tinha tido inicialmente. É claro que , continuo a achar que houve ali umas coisas que poderiam (e deveriam) ter sido conduzidas de outra maneira, mas suponho que cada um tem a sua maneira de lidar com este tipo de coisas. Ainda assim, prefiro não tirar conclusões precipitadas e deixar correr o marfim.
Vamos dar tempo à moça para se ambientar, é a minha política... é claro que ali no burgo, nem toda a gente pensa assim e muito menos estão dispostos a assumir a responsabilidade que ela pretende delegar nas pessoas (o que é muito triste por parte destes meus colegas, porque quando não se assume a responsabilidade pelo trabalho que se faz, bem ou mal, revela-se uma grande fraqueza de carácter e muita falta de profissionalismo. Tinha-os em outra conta).
Enfim, vamos ver.
11 comentários:
Já foi menos mau.
Acredito que com a prática a coisa vá lá. :)
Moliqueiro ou molanqueiro?
Ó amigo Félix, mas o que é que isso interessa? Estava morto o peixe! :)
Mas foi só até ao 1º apertão.
Para que saiba, meu amigo, que longe da vista nem sempre é longe do coração, cá vou cuidando de saber dos amigos a braços com novas chefias. A informação subterrânea funciona, como pode comprovar.
Vejo que geriu bem o aperto (de mão, claro)e que saiu airoso da faena. Agora é dar-lhe umas verónicas e vai ver que amansa o "bicho".
Quanto aos bandarilheiros do costume, daqui por uns dias serão eles que levarão a pequena em braços, vai ver.
Mas que bela imagem tauromáquica...
Por falar de animais, esteja atento caro Anthrax, por vezes há peixe morto que vira carapau de corrida.
Mas eu sei que o Anthrax é um homem atento ao comportamento animal… ó desculpe, queria dizer humano.
Mantenha a sua fibra intelectual e humorística. E se, por qualquer motivo estúpido, algo correr mal no final do ano, não hão-de faltar oportunidades de valor.
Ó amigo Crack, os bandarilheiros do costume andam cá com umas «trombas»... Enfim, passar-lhes-à. Há que dar tempo ao tempo.
Amigo Félix, é verdade «...o Anthrax é um homem atento ao comportamento animal...». Tenho uma grande predilecção por fauna exótica, tenho tanta que devia era estar a fazer documentários para o National Geographic! :))
Mas fique descansado, não estou preocupado com o fim do ano (não mais do que o normal, isto é). Trata-se de uma coisa de cada vez, senão só sai asneira. Agora perder a capacidade de me rir, isso é que não :)
A ideia que fico é que o anthrax é entendido nestas conversas sobre bicharada, aproveito para partilhar um pensamento que me ocorreu quando li este conjunto de testemunhos. E já que estamos a tratar da fauna, o que me diz dos espécimes que marram torto?… Creio que concordará comigo: Se transportasse esta conversa para o domínio da educação, e como deve calcular não o farei, olhe que para uma boa pega de cernelha é menos espectacular, é certo, mas acaba por ser um bom recurso para dominar o bicho… disseram-me que é a melhor pega para os mansos… ;))
Para já evitou-se um estrangulamento, o que já não é mau, e, não tarda muito, ainda irão tomar um chá ou um cafézito...
Amigo Miguel,
Sabe que nós por aqui já temos, pelo menos, um mestrado na arte de torear apesar de alguns ainda não terem conseguido ultrapassar a fase da licenciatura (mas lá chegarão ou habilitam-se a levar uma bela de uma marrada).
Agora, convém nunca esquecer que é sempre preciso respeitar o "animal" visto que, a qualquer momento a circunstância pode mudar e aquilo que anteriormente era entertenimento pode transformas-se, rapidamente, numa questão de sobrevivência. E as questões de sobrevivência são, na sua grande maioria, jogos de soma zero em que para um ganhar, o outro tem de perder.
Neste caso em particular, posso dizer-lhe que não há necessidade de transformar isto num jogo de soma zero (não ainda pelo menos), porque há uma maneira de ambos ganharem e mesmo havendo outros cenários menos animadores, enquanto houver esta possibilidade vale a pena lutar por ela :)
Caro Professor :))
Não exageremos. Diz-me a experiência (até agora) que esse tipo de confraternizações não produz bons resultados em contexto de trabalho. Mas «nem todos os cisnes são brancos» certo? :)
É verdade! E quem é o cisne preto?
Pois... tecnicamente, deveria ser eu. Mas ando a ver se passo despercebido.
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