Tal como eu disse num post atrás, o exercício da inteligência é algo extenuante. Mas tal como o exercício físico faz bem ao "esqueleto" e às componentes afins, também o exercício da inteligência faz bem ao cérebro (mesmo nos casos em que este é do tamanho de uma ervilha anã).
Depois de muita pressão, finalmente conseguimos que nos disponibilizassem os documentos essênciais à produção dos indicadores da qualidade (sim, é a maldita qualidade outra vez). Assim, talvez por hábito ou, quiçá, por mau feitio, passei o dia todo a lê-los.
Digo-vos, este exercício foi muito útil porque nos obriga a lidar com uma série de emoções diversas que se afloram à medida que nos deparamos com imbecilidades colocadas em texto. Perguntar-me-iam, não estará o Anthrax a exagerar? Pois concerteza que estou. Afinal, levar as coisas ao ridículo é uma terapia tão boa como cantar para espantar os nossos males.
De início, não adoptei uma postura crítica. Não era esse o objectivo e como tal, também não seria esse o meu papel. No entanto, a partir do momento em que começam a insultar a minha inteligência, a coisa muda de figura. À medida que as páginas (e o tempo) íam passando, sentía-me cada vez mais insultado. Quando chegou ao meio-dia, pedi à minha colega que fechasse a porta, pedi-lhe desculpas antecipadas, abri o diccionário de calão e lá foi disto que amanhã não há!
Já houve alturas em que disse muitas asneiras, mas até hoje não me lembro de ter dito tantas, num espaço de tempo tão curto e sentir-me tão bem, tão aliviado, depois de o ter feito. A única coisa que eu dizia (depois das asneiras é claro), era que se aquilo fosse um projecto que eu tivesse de subvencionar, chumbava-o. E chumbava-o porque, logo à partida, quando se apresenta um projecto a terceiros, há que garantir que até uma criancinha de 4 anos seja capaz de o compreender e o que eu ali estava a ler, era uma espécie de uma amálgama de ideias em que, no fim, não bate a bota com a perdigota!
Eu, que nem sou professor, nem sou destas coisas, dei comigo de lápis em punho, a riscar, a fazer anotações e a fazer perguntas básicas do tipo «Como? Quando? Porquê? Quem?». É que já estava a ficar um bocado doente com aquilo... Também dei comigo a perguntar se seria eu o «problema». Se era eu, que por algum motivo extraordinário (ou não), não estivesse a perceber alguma coisa. É claro que fiquei mais descansado quando percebi que não estava sozinho. Mesmo assim, não deixa de constituir motivo de preocupação aqueles documentos terem tido o aval da antiga Directora e terem tido o OK da nova (sem esta última os ter lido).
A sério, às vezes penso que sou eu que estou a levar estas coisas demasiado a sério. Se calhar sou eu que estou a dar importância demais a estas questões da gestão (pelas quais não me pagam para pensar). Eu não devia dar importância a isto! Eu nem sei se em Janeiro de 2007 ainda ali estou!!
Detesto ser uma criatura inteligente e responsável!!! DETESTO!!!
Eu quero ser um rabanete! Uma couve! Um tomate! Um vegetal qualquer ou mesmo uma amíba!!... mas não consigo.
Que post tão idiota... esta porcaria pega-se.
Depois de muita pressão, finalmente conseguimos que nos disponibilizassem os documentos essênciais à produção dos indicadores da qualidade (sim, é a maldita qualidade outra vez). Assim, talvez por hábito ou, quiçá, por mau feitio, passei o dia todo a lê-los.
Digo-vos, este exercício foi muito útil porque nos obriga a lidar com uma série de emoções diversas que se afloram à medida que nos deparamos com imbecilidades colocadas em texto. Perguntar-me-iam, não estará o Anthrax a exagerar? Pois concerteza que estou. Afinal, levar as coisas ao ridículo é uma terapia tão boa como cantar para espantar os nossos males.
De início, não adoptei uma postura crítica. Não era esse o objectivo e como tal, também não seria esse o meu papel. No entanto, a partir do momento em que começam a insultar a minha inteligência, a coisa muda de figura. À medida que as páginas (e o tempo) íam passando, sentía-me cada vez mais insultado. Quando chegou ao meio-dia, pedi à minha colega que fechasse a porta, pedi-lhe desculpas antecipadas, abri o diccionário de calão e lá foi disto que amanhã não há!
Já houve alturas em que disse muitas asneiras, mas até hoje não me lembro de ter dito tantas, num espaço de tempo tão curto e sentir-me tão bem, tão aliviado, depois de o ter feito. A única coisa que eu dizia (depois das asneiras é claro), era que se aquilo fosse um projecto que eu tivesse de subvencionar, chumbava-o. E chumbava-o porque, logo à partida, quando se apresenta um projecto a terceiros, há que garantir que até uma criancinha de 4 anos seja capaz de o compreender e o que eu ali estava a ler, era uma espécie de uma amálgama de ideias em que, no fim, não bate a bota com a perdigota!
Eu, que nem sou professor, nem sou destas coisas, dei comigo de lápis em punho, a riscar, a fazer anotações e a fazer perguntas básicas do tipo «Como? Quando? Porquê? Quem?». É que já estava a ficar um bocado doente com aquilo... Também dei comigo a perguntar se seria eu o «problema». Se era eu, que por algum motivo extraordinário (ou não), não estivesse a perceber alguma coisa. É claro que fiquei mais descansado quando percebi que não estava sozinho. Mesmo assim, não deixa de constituir motivo de preocupação aqueles documentos terem tido o aval da antiga Directora e terem tido o OK da nova (sem esta última os ter lido).
A sério, às vezes penso que sou eu que estou a levar estas coisas demasiado a sério. Se calhar sou eu que estou a dar importância demais a estas questões da gestão (pelas quais não me pagam para pensar). Eu não devia dar importância a isto! Eu nem sei se em Janeiro de 2007 ainda ali estou!!
Detesto ser uma criatura inteligente e responsável!!! DETESTO!!!
Eu quero ser um rabanete! Uma couve! Um tomate! Um vegetal qualquer ou mesmo uma amíba!!... mas não consigo.
Que post tão idiota... esta porcaria pega-se.
1 comentário:
Post idiota? Nem pó! Por aquilo que me foi dado saber sobre os ditos "dócumentus", eu teria partido umas quantas cabeças, nem que tivesse de subir a um escadote para alcançar algumas delas!
Documentos com muito músculo...
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