É um Deus nos acuda.
Quando está calor, é o país que arde.
Quando está de chuva, é o país que mete água.
E qual é o denominador comum?
É o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Eu até ia seguir a sugestão do «menino mau» e escrever sobre as cenas caricatas que acontecem em seminários, só que entretanto cheguei a casa e estavam a falar na televisão sobre a Protecção Civil e sobre o mau tempo de ontem à noite. Pois fiquei a ver aquilo.
Bom, lá estava um mocito a falar dos planos municipais de emergência para cá, dos planos municipais de emergência para lá, ao mesmo tempo também fiquei a saber que, aparententemente, também há um plano nacional de emergência. Sinceramente, eu nunca o vi mas se eles dizem que há, eu acredito até porque no site do SNBPC consta a referência aos ditos . Agora, não é menos verdade que devem estar enfiados e arrumadinhos na gaveta de alguém em vez de estarem disponíveis (online por exemplo) para consulta e para conhecimento do público em geral. E eu estou a dizer isto porquê? Bom, porque o mocito estava para ali a dizer que os cidadãos devem ser pro-activos e eu digo; «Pois devem ser pro-activos sim senhor! Onde estão os planos?»
Note-se que esta história da pro-actividade tem muito que se lhe diga. As pessoas não podem agir ou formular considerações sobre informação que desconhecem sob pena de se tornarem irresponsáveis, isto porque alguém que decide - o que quer que seja - com base na falta de informação é irresponsável (não necessariamente no sentido negativo da palavra uma vez que "quem não sabe é como quem não vê").
Fiquei também a saber que fazem seminários e sessões de sensibilização etc. Achei óptimo mas, na verdade esse tipo de eventos deve ser só para os membros do "clube" porque visibilidade não têm nenhuma. Bem sei que a visibilidade é cara, é dispendiosa, mas amiguinhos... ou querem cidadãos pro-activos e sensibilizados para o assunto, ou não querem. Tudo depende como é que olham para o dinheiro que vai ser gasto. Ou olham para ele como um investimento em cidadãos informados e capazes de lidar com situações de catástrofe. Ou olham para ele como um custo. Se olharem para o dinheiro como um custo bom, aí terão de largar essa história dos cidadãos pro-activos.
Outra coisa, que não foi falada no programa mas, que me faz alguma confusão é a falta de meios próprios. Honestamente, não consigo conceber uma organização desta índole sem meios próprios e cuja a única função é simplemente coordenar os meios dos outros . Notem, coordenar os meios dos outros não é uma tarefa simples, mas se olharem para o organograma do SNBPC, facilmente, perceberão que com uma estrutura daquelas é capaz de ser difícil coordenar e operacionalizar ao mesmo tempo (é um bocado como coordenar um projecto com 100 parceiros, i.e. não é execuível e as probabilidades de ser um falhanço são brutais. Além de que não se percebe porque diabos há 3 vice-presidentes, mas isso já sou eu a falar mal).
Realmente não é minha intenção ser desagradável para com um serviço que é importante mas, se é para coordenar os meios dos outros então, não é necessário existir uma estrutura centralizada tão grande. Bastava criarem unidades de intervenção mais pequenas a nível regional, dotadas de autonomia, e um gabinete de coordenação a nível central. Não é preciso aquele arraial todo, até porque quanto maior for a estrutura, maior é a burocracia, maiores são os impedimentos, menor é a fluídez da informação, mais lento é o processo de decisão e por consequência menor é a capacidade de resposta. Não quero dizer com isto que a capacidade de resposta não seja rápida. Quero apenas dizer que em situações de crise entre o "rápido" e o "imediato" vai um longo caminho que pode fazer uma grande diferença.
Se me disserem que o trabalho da protecção civil só é suposto ver-se quando há situações difíceis, estou perfeitamente de acordo mas, quando 90% da pessoas que estavam a ver aquele programa diz que Portugal não tem capacidade para lidar com este tipo de situações difíceis então há qualquer coisa errada e não deve ser com a percepção das pessoas.
Dizia o rapaz que a "máquina estava bem oleada", não dúvido. Como é sabido cada um põe o óleo onde achar melhor, agora não interessa «bolhufas» saber se a máquina está bem oleada ou não, importa é que ela funcione e importa que ela demonstre resultados. Porque sem demonstrar resultados não é possível saber em que medida é que os objectivos propostos na missão do SNBPC estão a ser alcançados, ou não.
E tenho dito.
Quando está calor, é o país que arde.
Quando está de chuva, é o país que mete água.
E qual é o denominador comum?
É o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Eu até ia seguir a sugestão do «menino mau» e escrever sobre as cenas caricatas que acontecem em seminários, só que entretanto cheguei a casa e estavam a falar na televisão sobre a Protecção Civil e sobre o mau tempo de ontem à noite. Pois fiquei a ver aquilo.
Bom, lá estava um mocito a falar dos planos municipais de emergência para cá, dos planos municipais de emergência para lá, ao mesmo tempo também fiquei a saber que, aparententemente, também há um plano nacional de emergência. Sinceramente, eu nunca o vi mas se eles dizem que há, eu acredito até porque no site do SNBPC consta a referência aos ditos . Agora, não é menos verdade que devem estar enfiados e arrumadinhos na gaveta de alguém em vez de estarem disponíveis (online por exemplo) para consulta e para conhecimento do público em geral. E eu estou a dizer isto porquê? Bom, porque o mocito estava para ali a dizer que os cidadãos devem ser pro-activos e eu digo; «Pois devem ser pro-activos sim senhor! Onde estão os planos?»
Note-se que esta história da pro-actividade tem muito que se lhe diga. As pessoas não podem agir ou formular considerações sobre informação que desconhecem sob pena de se tornarem irresponsáveis, isto porque alguém que decide - o que quer que seja - com base na falta de informação é irresponsável (não necessariamente no sentido negativo da palavra uma vez que "quem não sabe é como quem não vê").
Fiquei também a saber que fazem seminários e sessões de sensibilização etc. Achei óptimo mas, na verdade esse tipo de eventos deve ser só para os membros do "clube" porque visibilidade não têm nenhuma. Bem sei que a visibilidade é cara, é dispendiosa, mas amiguinhos... ou querem cidadãos pro-activos e sensibilizados para o assunto, ou não querem. Tudo depende como é que olham para o dinheiro que vai ser gasto. Ou olham para ele como um investimento em cidadãos informados e capazes de lidar com situações de catástrofe. Ou olham para ele como um custo. Se olharem para o dinheiro como um custo bom, aí terão de largar essa história dos cidadãos pro-activos.
Outra coisa, que não foi falada no programa mas, que me faz alguma confusão é a falta de meios próprios. Honestamente, não consigo conceber uma organização desta índole sem meios próprios e cuja a única função é simplemente coordenar os meios dos outros . Notem, coordenar os meios dos outros não é uma tarefa simples, mas se olharem para o organograma do SNBPC, facilmente, perceberão que com uma estrutura daquelas é capaz de ser difícil coordenar e operacionalizar ao mesmo tempo (é um bocado como coordenar um projecto com 100 parceiros, i.e. não é execuível e as probabilidades de ser um falhanço são brutais. Além de que não se percebe porque diabos há 3 vice-presidentes, mas isso já sou eu a falar mal).
Realmente não é minha intenção ser desagradável para com um serviço que é importante mas, se é para coordenar os meios dos outros então, não é necessário existir uma estrutura centralizada tão grande. Bastava criarem unidades de intervenção mais pequenas a nível regional, dotadas de autonomia, e um gabinete de coordenação a nível central. Não é preciso aquele arraial todo, até porque quanto maior for a estrutura, maior é a burocracia, maiores são os impedimentos, menor é a fluídez da informação, mais lento é o processo de decisão e por consequência menor é a capacidade de resposta. Não quero dizer com isto que a capacidade de resposta não seja rápida. Quero apenas dizer que em situações de crise entre o "rápido" e o "imediato" vai um longo caminho que pode fazer uma grande diferença.
Se me disserem que o trabalho da protecção civil só é suposto ver-se quando há situações difíceis, estou perfeitamente de acordo mas, quando 90% da pessoas que estavam a ver aquele programa diz que Portugal não tem capacidade para lidar com este tipo de situações difíceis então há qualquer coisa errada e não deve ser com a percepção das pessoas.
Dizia o rapaz que a "máquina estava bem oleada", não dúvido. Como é sabido cada um põe o óleo onde achar melhor, agora não interessa «bolhufas» saber se a máquina está bem oleada ou não, importa é que ela funcione e importa que ela demonstre resultados. Porque sem demonstrar resultados não é possível saber em que medida é que os objectivos propostos na missão do SNBPC estão a ser alcançados, ou não.
E tenho dito.
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