"Se for aprovada, a nova terminologia linguística para os ensinos básico e secundário, também conhecida por TLEBS, vai com certeza ser um maná para os sketches do Gato Fedorento. Hoje, no Diário de Notícias, Vasco Graça Moura corrobora a opinião de Maria Alzira Seixo, que escreveu sobre o assunto na revista Visão, bem como a de Maria do Carmo Vieira, que fez o mesmo no JL. A gente lê e não acredita que tenha sido possível ir tão longe no «lado abstruso, aberrante e incompreensível de muitos aspectos da terminologia em questão.»
Exemplos:
«Entre outros, há pronomes indefinidos que dão agora pelos nomes sorumbáticos de “quantificadores indefinidos”, “quantificadores universais” e “quantificadores relativos”.
Nos advérbios, encontramos coisas alucinantes como “advérbios disjuntos avaliativos”, “advérbios disjuntos modais”, “advérbios disjuntos reforçadores da verdade da asserção” e “advérbios disjuntos restritivos da verdade da asserção”.
O sujeito indefinido passa a ser o luminoso “sujeito nulo expletivo”.
O “aposto ou continuado” chama-se bombasticamente “modificador do nome apositivo”, podendo ser do tipo “nominal”, “adjectival”, “proposicional” ou “frásico”...»
Pergunta Graça Moura, e nós com ele: «o que é que leva a ministra da Educação a aceitar um conjunto de enormidades deste tipo e a desatender as muitas objecções que, sem dúvida, lhe chegaram da parte de inúmeros professores?
Quem são os responsáveis que, no seu ministério, se vêm enfeudando a estas aberrações, conseguindo fazê-las consagrar na lei, com os resultados desastrosos que todos conhecem? Não lhes acontece nada?
Ninguém pensa em pô-los na rua? [...] Não há um deputado à Assembleia da República para interpelar o Governo, uma associação de pais para protestar com energia, uma associação de professores para se recusar teminantemente a pôr em prática esta pepineira? [...]» Cá para mim é tudo crack. "
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