E eis que é chegado o dia das avaliações e das auto-avaliações no «Tasco» onde trabalho.
Foi uma felicidade que só visto. Não cabia em mim de contente. Penso que até fiz uma nódoa negra quando me atirei ao chão para me rebolar enquanto me ria, a bandeiras despregadas note-se. Que euforia...
Que euforia foi, quando descobri que tinha objectivos...
Que euforia foi, quando descobri que a data da definição dos objectivos era de 5 de Dezembro de 2005...
Que euforia foi, quando descobri que – euzinho – tinha feito uma informação interna a questionar a Direcção do «Tasco», sobre os critérios e a legislação aplicadas à mudança de categoria profissional...
Que euforia foi, quando descobri que a data dessa informação interna é do dia 16 de Janeiro de 2006...
Que giro que vai ser quando eu lhes disser que não posso assinar gaita nenhuma sob pena de me estar a contradizer, uma vez que não posso assinar um documento (ainda por cima de avaliação) com objectivos estipulados e não discutidos de 5/12/2005, quando há um documento posterior de 16/1/2006 – ao qual não foi dada qualquer resposta – a inquirir sobre critérios que estão intimamente relacionados com os objectivos “teoricamente” definidos a 5/12/2005.
Esta é a parte em que eu não mexo um dedo sem o aconselhamento jurídico de um advogado, além do que não me parece nada ético assinar um documento que diz que eu tinha conhecimento prévio de uma coisa que na realidade eu não tinha.
Realmente, estas avaliações à Função Pública Style são mesmo transparentes. Estou impressionado e direi mesmo siderado, com a transparência, imparcialidade e isenção de todo este fantástico processo que, além de todas as qualidades atrás descritas ainda impõe quotas. Um viva para estes senhores, é que são mesmo espertos!
Viva!!!
É claro que há que acrescentar que, espertos são os cães e que eu não sou funcionário público, logo, se uns há que precisam mesmo da avaliação (e.g. tipo professores), outros há que podem «botar fogo no circo» (e.g. tipo eu). Portanto, «vamos botar fogo no circo» e gritar “Burn Babe Burn!” contra práticas abusivas, discriminatórias e arbitrárias no local de trabalho.
Para desempenharmos o nosso trabalho, a Comissão Europeia exige que consideremos todos os candidatos em pé de igualdade, com isenção, imparcialidade e rigor técnico, por isso, se trabalhamos numa instituição que se pauta por esses princípios, nada mais legítimo do que exigir que o mesmo tipo de tratamento e de comportamento seja aplicado a nível interno.
Atenção, note-se que eu não sou contra as avaliações, muito antes pelo contrário, sou totalmente a favor das avaliações (sem quotas, porque isso é tanga e é estúpido). Avaliar é necessário e é muitíssimo importante, agora não pode é ser conduzida por dirigentes irresponsáveis (e isto é para ser generoso, porque o adjectivo não é bem este).
Enfim, vou ver o que o advogado diz... sim, porque caso não tenham reparado falei sobre 2 assuntos diferentes. Um relacionado com a questão da avaliação e outro relacionado com o tema do “assédio moral” no local de trabalho que dá direito a processo em tribunal e cá me cheira que é onde isto tudo vai acabar.
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