Andava eu a passear pelos jornais estrangeiros quando - de repente - me salta à vista uma notícia, no Washington Post, sobre as "novas cidades" chinesas.
A minha primeira reacção foi: «Os chineses passaram-se!»; «Coitadinhos, não andam bem.». Mas na realidade, não sei se não andarão porque na verdade eles andam a fazer coisas que mais ninguém faz.
É sabido que os orientais (em geral) sempre tiveram uma grande queda para reproduzirem tudo aquilo em que colocavam as mãos e por muito aborrecido que isso possa ser, nomeadamente em termos comerciais, também temos de admitir que há aspectos positivos e um deles é a perpetuação de determinados estilos arquitectónicos (mesmo que fora do seu contexto normal).
Imaginem uma réplica do Castelo de S. Jorge em plena China. Porque não? Se acontecer alguma coisa ao original pelo menos há uma reprodução fiel do mesmo, algures no mundo. E se os chineses contarem a história do castelo, pois tanto melhor, assim há alguém que se lembra de nós e de uma parte da história de Portugal.
É claro, que quem diz o castelo de S. Jorge também pode dizer o Palácio de Versailles, ou o Coliseu de Roma, ou outro monumento qualquer. Uma vez ultrapassado o choque inicial, não é assim tão escandaloso e apesar de continuar a achar que são loucos, penso que é uma loucura positiva.
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