sexta-feira, maio 18, 2007

IN PUBLICO - «Desemprego no primeiro trimestre subiu para 8,4 por cento »

"A taxa de desemprego subiu para 8,4 por cento da população activa no primeiro trimestre(...) .A população desempregada foi estimada em 469,9 mil pessoas, representando mais 9,4 por cento do que no trimestre homólogo de 2006 e mais 2,5 por cento do que entre Outubro e Dezembro de 2006."

Hããããã! Digam lá que não tenho pontaria para tomar as decisões certas no timing errado!

Mas não há problema, se o mundo está contra mim eu também estou contra o mundo e «mai nada»! - Nota: corolário egocêntrico com algumas nuances patológicas da teoria da perseguição.

Parabéns ao governo pela sua política de qualificação dos portugueses. Quantos mais houverem, mais serão aqueles que engrossam as fileiras da Segurança Social. Tudo é muito mais melhor bom quando em vez de termos desempregados burros, temos desempregados cultos e com habilitações académicas consideráveis, porque não há empregos qualificados para os colocar.

Ai, se não fossem essas cabecinhas lindas a pensar nisto! Vocês são mesmo bons. Não sei que seria de nós sem essa luzinha brilhante que emana do vosso cérebro e que nos ilumina o caminho.

Já agora, porque é que não aumentam a idade da reforma do povinho para os 100 anos? É que pensando bem nas coisas dava jeito, conseguiam arranjar mais um dinheirinho extra para pagar os amigos que se reformam ao fim de 5 anos de trabalho arduo (como os amiguinhos do Banco de Portugal, por exemplo), e aos amigos que se reformam ao fim de 8 anos (como os deputados, por exemplo). Não esquecendo também os amigos que já foram ministros e que necessitam da sua pensãozeca para sobreviverem, até porque - coitadinhos - não trabalham em mais lado nenhum e a vida está dificil.

Sim, 100 anos parece-me uma boa aposta. Imaginem a experiência que um trabalhador de 100 anos tem para partilhar com os seus coleguinhas mais novos, de 80 e 90 anos. E a produtividade? Imaginem só o nível de produtividade de um trabalhador de 100 anos com o seu andarilho ou cadeirinha de rodas, ou o nível de produtividade daqueles colaboradores que assombram os corredores dos Ministérios com as suas botijinhas de oxigénio. Isto era fantástico! As festas de Natal deviam ser a loucura total, com os colaboradores a lutarem entre si para ver quem é que se vestia de Pai Natal. Havia de haver bengalada que até fervia.

E já imaginaram bem a troca de presentes? Oferecerem fraldinhas uns aos outros, depois aqueles mais ousados podiam oferecer umas próteses dentárias, ou um cheque-oferta das Farmácias (que funcionaria mais para aqueles que nunca sabem o que oferecer).

Era tão lindo!

4 comentários:

Virus disse...

Cá vou eu dizer das minhas...

1- Os dados do desemprego do IEFP não valem nem mais nem menos que os do INE, isto porque falando do desemprego tanto é válido analisar-se da forma como o INE o faz, como o IEFP. Isto porque nem toda a gente (e são muitos)que procura trabalho e não encontra está inscrita no IEFP, logo os nºs de desempregados fornecidos pelo IEFP estão aquém da realidade;

2- O aumento da taxa de desemprego não se deve a este Governo exclusivamente. Deve-se ás políticas da Manuela Ferreira Leite/PSD e do Governo PS anterior. Estes só pegaram naquilo que já estava feito e continuaram, com a vantagem de beneficiarem de uma maior eficiência na máquina fiscal quanto à cobrança de impostos.
Quanto muito podem ser responsáveis de nada terem feito para inverter o rumo das coisas, género uma pessoa vê um individuo sozinho a esvair-se em sangue no meio da rua e passa a assobiar e a comentar "Este já foi... Mas eu continuo por cá e bem!";

3- A curiosidade da composição da taxa de desemprego é que esta está centrada nos jovens e sobretudo nos qualificados, ou seja, já não é exclusividade dos mais velhos e sem formação, antes pelo contrário.
Isto acontece porque:
a) Há menos pessoas a saírem do mercado de trabalho por estarem a limitar as pré-reformas (menos aos políticos e pessoal do B.Portugal, etc. e tal);
b) O grosso do nosso tecido empresarial (em força de trabalho são as PME's e não as PT's, GALP's, EDP's, bancos, Estado, etc.) não tem condições para a criação de postos de trabalho qualificados, uma vez que não tem disponibilidade de investimento em áreas que requerem individuos devidamente qualificados, logo não conseguem desenvolver a sua produtividade e eficácia da gestão (pescadinha de rabo na boca);
c) A produtividade não pode aumentar drásticamente porque a composição etária da força de trabalho que constitui as empresas é elevada, e recondicionar pessoas para realizar certo tipo de actividades em consonância com a sua idade não é assim tão fácil, até porque a nossa legislação laboral não o permite.

4- A acrescer a isto o facto de que, como escrevia um diário económico ontem na sua capa, tudo indica que as pessoas no futuro próximo vão ter obrigatóriamente de continuar a trabalhar para além dos 65 anos se querem garantir a reforma. E aqui pergunto eu:
a) Garantir a reforma de quem? Dos políticos e funcionários do B.Portugal? Sim, porque a deles não vai ser de certeza...
b) Não será mais simples acordar desde já as pessoas para a realidade de que vão ter de trabalhar até morrer? Sim, porque não é com a constante redução das suas reformas que vão poder viver sem trabalhar mesmo depois de "reformados"!
c) Que espécie de reforma é que querem dar às pessoas? Se vão ter de trabalhar até aos 70, ou mais, e a esperança média de vida deverá rondar os 73 para os homens e os 78 para as mulheres (SMC Help!) estão à espera que as pessoas gozem o quê da reforma?
d) O dinheiro que certamente irão poupar em reformas irá ser gasto em quê? Nas baixas médicas prolongadas, que por seu lado são reduzidas em função da sua duração, o que por seu lado vai levar a quê pessoas doentes tenham de trabalhar, e lá se vai a produtividade!...
e) Isso não irá dificultar ainda mais a entrada dos jovens no mercado de trabalho?
f) and so on...

O remédio para isto só é um, crescimento elevado e sustentado da economia do país (e não crescimento reduzido e arrastado) baseado não nas exportações mas sim no consumo interno, preferencialmente das familías. Para isso é preciso que o Estado liberte a economia e a deixe funcionar.

É preciso que o Estado não absorva da economia e das famílias aquilo que faz girar o mundo... é preciso deixar o mercado funcionar sem demasiada intervenção do Estado, excepto em áreas muito precisas. O seu papel na economia de um país deve ser única e exclusivamente de agente regulador e para isso deve recorrer-se de um bom sistema de Justiça que seja rápido e eficaz e algumas agências de controlo.

Tudo o resto é conversa para boi dormir... e enquanto o boi dorme a vaca continua a engordar... até um dia!

Anthrax disse...

Exacto, remédio para isto é só um! É metê-los todos no campo pequeno e fuzilá-los.

Isso é que era um serviço à Nação e ao povo Português... e vendiam-se os direitos de transmissão às cadeias de televisão estrangeiras.

Infelizmente, parece que não se pode fuzilar pessoas assim a torto e a direito.

João Melo disse...

e este post foi citado no publico.claro ! o q tem qualidade tem de ser mostrado..

Anónimo disse...

Ficar desempregado e mesmo duro ! Indico este site para ajudar a galera que esta desempregada: Empregos, Estágios & Concursos

Abraços.