Crise de crédito mundial assusta mercados e bancos centrais

"A Reserva Federal norte-americana também está no centro das atenções (...) os seus responsáveis não deram, como se esperava, sinais de que poderiam descer as taxas de juro para facilitar a situação de quem está endividado, o ambiente nos mercados mundiais ficou muito mais imprevisível.

A actuação do BCE não deixou dúvidas em relação ao grau de gravidade que a entidade liderada por Jean-Claude Trichet atribui à actual situação do mercado. (...) "O lado negativo da intervenção do BCE é o de que sugere que possa haver mais problemas por revelar",..."

Noticia completa em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1301858&idCanal=63.

Isto é o que dá a tentativa cega de manter a taxa de inflacção baixa à conta da subida de juros. Quando se tenta sugar cada vez mais à economia (por parte do sector financeiro) e se levam os diversos agentes económicos do mercado a situações de ruptura acaba-se nisto... Por isso o BCE, ao contrário do que os analistas previam, não aumentou as taxas de juro na semana passada, e vai pensar muito bem antes de as aumentar em Setembro!

Em última análise, e bem vistas as coisas, a injecção de moeda é um prémio justo para quem "abriu a boca toda" e pôs em segundo plano o desenvolvimento sustentado da economia julgando que a pressão inflaccionista vem, erradamente, do acesso ao crédito por oposição a outros factores (políticas energéticas, por exemplo).

O Estado Português bem que deveria pôr os olhos no que se está a passar, pois isto é um excelente exemplo do que acontece quando os organismos reguladores intervêem demasiado no mercado... depois acabam a ter de encontrar formas de resolver/"devolver" aquilo que tiraram caso contrário matam o paciente com a cura. A isto chama-se VAMPIRISMO!