É o que dizem na edição do DN de hoje.
Espanto.
Pergunto-me porque diabos haviam de comparar duas coisas diferentes.
Serviços Públicos, são uma coisa.
Serviços Privados, são outra coisa.
Não percebi a ideia do estudo mas, a malta da Universidade Católica Portuguesa agradece não só pela confiança depositada nos seus préstimos, como também o pagamento da factura, de preferência, atempadamente porque isto de prestar serviços ao Estado tem muito que se lhe diga.
Não vi o estudo, mas também me parece que não tenho de ver, no entanto, tenho alguma curiosidade em saber qual é - exactamente - o perfil dos inquiridos e que serviços públicos foram comparados com serviços privados. Só que isso não aparece na Notícia do DN. O que aparece é algo absolutamente generalista e bombástico. É normal. Os jornalistas têm por obrigação transformar o que quer que seja numa notícia apelativa. Mas pronto, vamos relevar é o trabalho dos moços.
Pensando bem, acho que deviam fazer outro estudo em que perguntassem ao pessoal que trabalha no Estado se estão contentes com as funções que desempenham e com o ambiente de trabalho promovido nestas fantásticas estruturas. Também deviam perguntar o que é que os funcionários pensam dos seus dirigentes e da forma como o serviço está organizado. Aproveitando a deixa, deviam perguntar igualmente se acham piada esfalfarem-se a trabalhar, fazerem mais horas do que aquelas a que legalmente estão obrigados para depois não lhes pagarem o trabalho extra (porque o Estado não paga horas extraórdinárias), nem lhes agradecerem o tempo que tiveram de disponibilizar para que tudo ficasse feito a tempo e horas.
Diz a notícia «Curiosamente, o estudo demonstra que os dirigentes públicos não têm noção da apreciação que o público faz dos serviços públicos, tendendo a sobrevalorizar o reconhecimento dos cidadãos. » Curiosamente, my ass! Não há nada de curioso aqui. Só alguém com um problema mental é que acharia uma coisa destas curiosa. É claro que os dirigentes públicos não têm a noção da apreciação do público, a maior parte deles nem faz ideia do que é que está a dirigir! O que é que isto tem de curioso? Nada. É apenas muito triste, porque nem com um atestado público de incompetência como este as coisas vão mudar.
2 comentários:
Caro Anthrax.
Também tomei conhecimento da notícia.
Efectivamente o meu amigo tem toda a razão: não é legítimo comparar coisas incomparáveis, tanto mais que os objectivos de uns e de outros, são diferentes.
E digo-lhe mais. No âmbito das funções que desempenho, contacto com frequência empresas de grande e pequena dimensão, e o “acolhimento” que recebo deixa muito a desejar; chego até a comentar com os colegas que não percebo como empresas tão credíveis, têm rh com tanto défice.
É minha convicção que a deficiência da f.p. está, de forma geral, nos dirigentes e não no seu todo.
Mas enfim, a onda agora é esta e não há nada a fazer.
Caro invisivel,
Tem toda a razão. A onda é esta e pior. Cheira-me a que este estudo se destine a legitimar toda e qualquer intervenção do Governo na A.P, porque este tipo de notícias serve para moldar a opinião pública e justificar determinadas acções políticas.
Além disso, estou de acordo consigo. O pior da função pública são os seus dirigentes.
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