Após esta breve ausência, merecida, para retiro espiritual, não há nada como um regresso em grande. Desde já, gostaria de desejar um grande bem haja ao bolseiro ERASMUS que está em Itália pela denúncia da situação em que se encontra. Tal como é afirmado, não é o único que se encontra nesta situação, nem as Universidades são as únicas instituições que se encontram naquela situação.
Mas contextualizando a situação a que me refiro eis que foram publicadas as seguintes notícias no site da Agência Lusa:
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/wxFBbM1MCAp9cGlPcjM9jQ.html
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/wxFBbM1MCAp9cGlPcjM9jQ.html
Perguntar-me-iam têm algum fundamento as denúncias feitas pelo estudante em causa?
Têm. E o problema é bem mais grave do que um mero atraso nos pagamentos. O Problema é que pode nem sequer haver pagamentos e a probabilidade da presente situação ser resolvida até ao final de Outubro é infima. De qualquer forma, os jornalistas curiosos que eventualmente possam estar a ler este texto e que necessitem de uma outra fonte fidedigna que não esta quintarolazinha, sujeita a respostas de circunstância politicamente correctas, devem contactar directamente a DGEAC (Direcção Geral de Educação e Cultura) em Bruxelas. Podem encontrar os contactos - informação de domínio público e acessível a todos os potenciais interessados - através de uma breve pesquisa no Google.
Por tudo mais, está apenas a acontecer aquilo que já tinha dito que ía acontecer quando há uns tempos atrás me pus para aqui a reclamar que ainda não me tinham pago o salário. No entanto, confesso que por breves momentos e quando há duas semanas vi o Ministro do Ensino Superior a anunciar publicamente - deu no telejornal e tudo - que os estudantes Erasmus iam ter mais financiamento, pensei que a situação já tinha sido regularizada e até fiquei contente porque não são só os estudantes Erasmus que são apoiados por estas subvenções. São os estudantes Erasmus e mais cerca de duas mil outras instituições e beneficiários individuais - que muitos deles já incorreram em despesas - e que agora correm o sério risco de não receber qualquer subvenção comunitária. Porquê? Porque as autoridades portuguesas responsáveis pela tutela deste organismo, nomeadamente, Ministério da Educação, Ministério do Ensino Superior e Ministrério do Trabalho, não forneceram à Comissão Europeia as garantias necessárias para que este organismo pudesse proceder à implementação desta nova geração de Programas.
E se pensam que isto foi algo que surgiu agora, desenganem-se. Esta é uma situação que era, desde logo, previsivel uma vez que o prazo estabelecido pela Comissão Europeia era Dezembro de 2006 e a verdade é que até Maio de 2006, este organismo era um dos poucos que - em termos europeus - reunia as todas as condições exigidas pela CE para poder avançar com a implentação dos novos programas comunitários. A partir desta data foi o descalabro total, com uma criatura à frente desta coisa que dizia à boca cheia e para quem quisesse ouvir que quem mandava aqui era ela e não a Comissão Europeia. Bom, não desfazendo a queda natural para a gestão que esta moça demonstra ter - até porque se não tivesse, certamente, que não teria sido nomeada, no DR da semana passada, para ir gerir o QREN - estes são os brilhantes resultados de ser ela a mandar e não a Comissão Europeia.
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