"Whenever a theory appears to you as the only possible one, take this as a sign that you have neither understood the theory nor the problem which it was intended to solve". - Karl Popper
Curti 2 cenas deste filme. A retorica proferida quando caçaram o veado e quando o último dos Moycano se despediu do filho. Quando estavam escondidos no cemitério índio, esperei que entre a filha do general inglês e o índio que não era índio, se fosse desenrolar uma cena de trungalhadice, mas não, ficaram-se pelo platónico looking at the star's (in their eye's) ;))) Estávam acompanhados, compreende-se, adiante. Algo que sempre me custou muito a entender, ou melhor... que nunca entendi, é a possibilidade de um heroi se apaixonar. Vamos lá ver se me consigo fazer entender. Por exemplo, Aquiles. O homem passaou a vida em guerras, limpava nos adversários que era obra, espadeirada por tudo o que era lado, saía das batalhas coberto do sangue enimigo por todos os lados. Ora essa característica, de lutador, de matador a sangue frio, requer a meu ver, uma ausência de sentimentos. O tipo tem de ser frio, vazio de sentimentos, não pode nunca olhar para o inimigo e ver um ser humano, não pode pensar por um milésimo de segundo que ao enterrar-lhe a espada, lhe irá tirar a vida. Onde é que um artista assim vai encontrar os sentimentos de amor e paixão para dedicar à sua amada, isto partindo do princípio que a ama. Cá para mim a Helena de Troia é que fez tudo, deitou os foguetes, apanhou as canas e bateu as palminhas, mas pronto, a vida é assim... uns comem os figos, aos outros rebentam-lhes os lábios. ;))))))))))
Meu caro amigo, pois não me fale em Aquiles que eu lembro-me do Filme "Tróia" e começo a ficar afogueado. :)))
Tirando isso, dear Bartolomeu, um herói tem sempre de se apaixonar (recentemente os vilões começaram a fazer o mesmo)é o que lhes confere um carácter mais humano e os heróis têm de ser humanos (ou integrar em si alguma humanidade) para que o público em geral possa gostar deles. Além disso, não me parece que o facto de ser um matador a sangue frio signifique ausência de sentimentos, muito pelo contrário, eles (sentimentos) estão lá e com muita força porque aquilo que os impele a matar é o mesmo que os impele a amar, só que meia-volta baralham-se e as prioridades ficam trocadas. Os nossos heróis clássicos, podem ser uns matadores nato mas são-no com critério. Não matam indiscriminamente e por isso não são assassinos. Um herói tem sempre regras, tem um código de conduta.
Não me parece que a questão seja ver o inimigo como ser humano, a questão é saber - numa situação limite - qual é a consequência de ver o inimigo como um ser humano e se o outro também o reconhece enquanto tal. Tal como na natureza, no fim tudo é uma questão de sobrevivência.
Pessoalmente, não nutro grande simpatia pela Helena de Tróia (que nunca devia ter saído de Esparta). Sempre gostei mais da Cassandra. Coitada, era meia maluca, ninguém lhe ligava «um boi» mas era uma visionária.
;))))) Rendo-me!!! Ou seja... curvo-me... ai!!!! Tenho de rever o meu vocabulário. O que estou a tentar deixar expresso, é a minha admiração pela amplitude da sua visão. Não imagina o gosto que sinto por encontrar nestes tempos toldados por incomensuráveis e castradores clichées, alguém que não lhes presta tributo. Pois, tem muita razão quando prefere a Cassándrinha. Eu tb me declaro um apreciador de profetisas, mas ressalvo esta das minhas predilecções (está lá o Apolo e pode não achar piada). Mas car'Anthrax, aquele meio-desatino da Cassándrinha não se ficava a dever ao boi, acho que no caso dela era mais "coisa" de flores... vermelhas, tipo... papoilas. Estávam ali a 2 passos, era só atravessar o mediterrâneo. ;))))))))
É impressionante! Até naquela época as papoilas causavam problemas. Que flagelo tão antigo! Depois diz-se - ainda hoje - que a culpa foi do Apolo. Coitado. O rapaz nem tinha nada a ver com isso. De qualquer forma, há que não descurar o papel do boi nos rituais. Dramático mas necessário... ou pelo menos eles achavam que era e como havia muita gente a acreditar no mesmo, os rituais envolvendo animais passaram a ser prática normal (actualmente, acender velinhas é muito mais higiénico).
Digo-lhe uma coisa, se acha que a minha visão é ampla quando falo de heróis, havia de ver quando falo de vilões (sou muito mais criativa, até porque há a considerar aqueles que são vilões por acidente e não por serem criaturas psicóticas).
5 comentários:
Curti 2 cenas deste filme. A retorica proferida quando caçaram o veado e quando o último dos Moycano se despediu do filho.
Quando estavam escondidos no cemitério índio, esperei que entre a filha do general inglês e o índio que não era índio, se fosse desenrolar uma cena de trungalhadice, mas não, ficaram-se pelo platónico looking at the star's (in their eye's) ;))) Estávam acompanhados, compreende-se, adiante.
Algo que sempre me custou muito a entender, ou melhor... que nunca entendi, é a possibilidade de um heroi se apaixonar. Vamos lá ver se me consigo fazer entender. Por exemplo, Aquiles. O homem passaou a vida em guerras, limpava nos adversários que era obra, espadeirada por tudo o que era lado, saía das batalhas coberto do sangue enimigo por todos os lados. Ora essa característica, de lutador, de matador a sangue frio, requer a meu ver, uma ausência de sentimentos. O tipo tem de ser frio, vazio de sentimentos, não pode nunca olhar para o inimigo e ver um ser humano, não pode pensar por um milésimo de segundo que ao enterrar-lhe a espada, lhe irá tirar a vida. Onde é que um artista assim vai encontrar os sentimentos de amor e paixão para dedicar à sua amada, isto partindo do princípio que a ama. Cá para mim a Helena de Troia é que fez tudo, deitou os foguetes, apanhou as canas e bateu as palminhas, mas pronto, a vida é assim... uns comem os figos, aos outros rebentam-lhes os lábios.
;))))))))))
Meu caro amigo, pois não me fale em Aquiles que eu lembro-me do Filme "Tróia" e começo a ficar afogueado. :)))
Tirando isso, dear Bartolomeu, um herói tem sempre de se apaixonar (recentemente os vilões começaram a fazer o mesmo)é o que lhes confere um carácter mais humano e os heróis têm de ser humanos (ou integrar em si alguma humanidade) para que o público em geral possa gostar deles. Além disso, não me parece que o facto de ser um matador a sangue frio signifique ausência de sentimentos, muito pelo contrário, eles (sentimentos) estão lá e com muita força porque aquilo que os impele a matar é o mesmo que os impele a amar, só que meia-volta baralham-se e as prioridades ficam trocadas. Os nossos heróis clássicos, podem ser uns matadores nato mas são-no com critério. Não matam indiscriminamente e por isso não são assassinos. Um herói tem sempre regras, tem um código de conduta.
Não me parece que a questão seja ver o inimigo como ser humano, a questão é saber - numa situação limite - qual é a consequência de ver o inimigo como um ser humano e se o outro também o reconhece enquanto tal. Tal como na natureza, no fim tudo é uma questão de sobrevivência.
Pessoalmente, não nutro grande simpatia pela Helena de Tróia (que nunca devia ter saído de Esparta). Sempre gostei mais da Cassandra. Coitada, era meia maluca, ninguém lhe ligava «um boi» mas era uma visionária.
;)))))
Rendo-me!!!
Ou seja... curvo-me... ai!!!!
Tenho de rever o meu vocabulário. O que estou a tentar deixar expresso, é a minha admiração pela amplitude da sua visão.
Não imagina o gosto que sinto por encontrar nestes tempos toldados por incomensuráveis e castradores clichées, alguém que não lhes presta tributo.
Pois, tem muita razão quando prefere a Cassándrinha. Eu tb me declaro um apreciador de profetisas, mas ressalvo esta das minhas predilecções (está lá o Apolo e pode não achar piada).
Mas car'Anthrax, aquele meio-desatino da Cassándrinha não se ficava a dever ao boi, acho que no caso dela era mais "coisa" de flores... vermelhas, tipo... papoilas. Estávam ali a 2 passos, era só atravessar o mediterrâneo.
;))))))))
É impressionante! Até naquela época as papoilas causavam problemas. Que flagelo tão antigo! Depois diz-se - ainda hoje - que a culpa foi do Apolo. Coitado. O rapaz nem tinha nada a ver com isso. De qualquer forma, há que não descurar o papel do boi nos rituais. Dramático mas necessário... ou pelo menos eles achavam que era e como havia muita gente a acreditar no mesmo, os rituais envolvendo animais passaram a ser prática normal (actualmente, acender velinhas é muito mais higiénico).
Digo-lhe uma coisa, se acha que a minha visão é ampla quando falo de heróis, havia de ver quando falo de vilões (sou muito mais criativa, até porque há a considerar aqueles que são vilões por acidente e não por serem criaturas psicóticas).
desafiado no meu blog a seguir uma corrente blogoesfera , anthrax
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