"Só arriscando a própria vida é que se conquista a liberdade." - Hegel, in O senhor e o Escravo
«O "senhor", aquele que é vitorioso no combate, aceitou arriscar a vida. Por conseguinte, ele é mais do que ela, por sua coragem colocou-se acima dos objectos comuns da necessidade e da existência empírica. O vencido, aquele que se rendeu, tem medo de perder a vida. Por conseguinte, ele é, de início, escravo da vida e de seus objetos empíricos. Torna-se tembém escravo do senhor que o conserva (servus = conservado) a fim de ler em seu olhar temeroso e submisso o reflexo de sua vitória, a fim de se fazer reconhecer como consciência.»
É nisto que nos querem transformar com o novo Código de Trabalho.
É nisto que nos querem transformar com o permitirem, por exemplo, a abertura dos hipermercados ao fim-de-semana.
Este governo pretende transformar a sociedade portuguesa numa sociedade de escravos, temerosos, submissos e ignorantes. As pessoas, não são pessoas. São números e como estão demasiado presas àquilo que lhes é externo, têm medo, submetem-se às maiores barbaridades porque não querem saír da sua zona de conforto.
E enquanto as pessoas se encolhem na sua zona de conforto, lá vai o governo - paulatinamente - implementando a sua concepção platónica de "familia". Isto é, a supressão total da mesma.
Ser escravo é fácil, não é?
É só baixar a cabeça e colocar as costas a jeito para levar umas chicotadas de vez em quando.
Mas, numa sociedade ocidental, o livre arbítrio é uma coisa lixada... é que numa sociedade ocidental, só é escravo quem quer e eu, não sou.
4 comentários:
Como se do atraso económico do País e do seu fraco desenvolvimento fosse responsável o “velho” (de há quatro anos apenas) Código Laboral. É uma falácia tal argumentação. A crise económica em que persistentemente temos vivido, tem como raízes profundas o sistema de corrupção institucional que a nossa classe politica institucionalizou desde há muitos anos e a sua manifesta incompetência de gerir os negócios do Estado.
E estas pseudo reformas, agora tão freneticamente ensaiadas, como se delas dependesse a salvação da Pátria, só virão infelizmente agravar, mais ainda, os problemas económicos e sociais do País.
Exactamente meu caro ruy. É disso que se trata. Pseudo-reformas.
Estamos a falar de um país em que uma minoria pretende escravizar uma maioria, dentro da qual ainda há uns «tecla 3» que aplaudem e se babam pelo caminho.
ai és tão bão!
:)
Ó Anthrax, então? Não chega de preguiça? Mas que despautério é este? Vamos lá a blogar!
Ai,ai,ai!
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