«Se alguma coisa puder correr mal, correrá mal. - Lei de Murphy »
Por certo já todos tivémos aquela sensação que tudo nos corre mal na vida. É o piriquito que se constipa, o esquentador que não funciona, o furo no pneu do carro em plena fila de trânsito, o dilúvio quando não temos guarda-chuva, é uma verdadeira cegada e na maior parte das vezes não se trata apenas de uma sensação, mas sim da dura realidade com que muitos se deparam todos os dias. Podia ser pior, pensariam os mais optimistas, mas para alguém, naquele preciso momento, aquilo é o pior.
«Deixadas a si mesmas, as coisas tendem a ir de mal a pior. - Corolário à Lei de Murphy »
À partida, falamos s então de uma sequência de acontecimentos inesperados, que - exactamente pelo factor surpresa - não fazem parte dos nossos planos e que insistem em abanar e fazer cair todo um sistema de crenças individual ou um modo de vida a que, inevitavelmente, nos tínhamos acomodado.
Acomodarmo-nos faz parte da nossa natureza. É agradável a sensação de segurança que sentimos ao acomodarmo-nos àquilo que já conhecemos. Somos como um cego cuja casa está adaptada à sua condição e que se lhe tiram alguma coisa do sítio, pois o mais natural será tropeçarmos e espalharmo-nos em grande estilo.
«A natureza alinha sempre com imperfeição oculta. - Corolário à Lei de Murphy»
Todavia, não devemos estar sempre a culpabilizar o acaso. Há que admitir que nem todos os acontecimentos correspondem à categoria dos inesperados, muitos há que pertencem à categoria daqueles que sabemos-que-podem-acontecer-mas-esperamos-que-não-aconteçam. De seguida ficamos muito espantados porque, de facto, aconteceram e acreditamos que existe uma força Divina que nos odeia e nos pune olimpicamente.
Os mais audazes ainda conseguem perguntar porquê, como que ignorando que sabem a resposta. Mas, presumo que estejam só a verificar se o Divino sabe mesmo da resposta ou se está só a fazer bluff.
«Nada é tão fácil como parece.- Corolário à Lei de Murphy»
Assim, de uma forma à vezes inesperada e outras vezes nem por isso, de um momento para o outro o nosso mundo fica virado do avesso e nada mais é como era anteriormente.
A nós, cabe-nos decidir se lutamos ou se baixamos os braços e nos deixamos atropelar.
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