Ora aqui esta uma coisa para a qual os portugueses têm imenso jeito. Isto é... fazer de conta... fingir que não se passa nada. Nunca se passa nada.
Por exemplo, Dias Loureiro. Pessoa de virtude inestimável, pérola de honestidade sublime. Não tem bens em seu nome, tal como qualquer bom cidadão de virtude inestimável e honestidade sublime nunca tem bens em seu nome, não vá - como se diz comumente - o diabo tecê-las.
Assim de repente, quase que me aventuro dizer que este assunto tem um certo je ne sais quoi de familiar. Também conheço alguns bons cidadãos de virtude inestimável e honestidade sublime que fazem o mesmo para não ser penhorados. E depois conheço outros bons cidadãos de virtude inestimável e honestidade sublime que dão guarida aos primeiros, encorajam o exercício de tal virtuosidade e honestidade e fazem de conta que no pasa nada.
A diferença entre estes e o Dias Loureiro, por exemplo, é que o Dias Loureiro tem - definitivamente - mais estilo.
Bom e a propósito do fazer de conta, deixo-vos o artigo de opinião de Mário Crespo, publicado na edição de hoje do JN.
"Continuemos a fazer de conta
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