Disse Dulce Pássaro, cujo apelido me parece adequar-se na perfeição ao ministério que detém (Pássaro - ambiente; ambiente - Pássaro), que é necessário que na cimeira - que decorre em Copenhaga - se estabeleçam metas ambiciosas.
Ora bem, não tenho nada contra metas ambiciosas. Acho-as sempre interessantes, bonitas até e revelam sempre o lado sonhador e idealista de quem as concebe. No entanto confesso que acho a minha questão muito mais interessante e a minha questão é: Será outra vez mais do mesmo?
Reparem, eu gosto de cimeiras. São giras, conhece-se montes de gente de outros países, são uma oportunidade de convívio fabulosa, pagam-nos a viagem e a estadia para lá estar e ainda é uma notícia que aparece nas televisões e nos jornais do mundo inteiro, é fantástico! Mas nada disto ajudou grandemente à implementação do Protocolo de Quioto, pois não?
Também o Protocolo de Quioto tinha metas ambiciosas, que na prática não correram lá muito bem ao nível da implementação porque ninguém ligou um chavo. Logo, organizarem mais uma cimeira para elaborarem um documento giríssimo, com montes de significado e metas ambiciosas, mas que na prática ninguém vai cumprir é - vá lá - um bocadinho parvo.
Eu cá preferia qualquer coisita mais realista e exequível, em que no final de um xis tempo se pudesse demonstrar que se alcançaram efectivamente resultados.

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