A menos de 24 horas do término das minhas férias da Páscoa sinto-me como os putos que vão regressar às escola para o início do 3º período e penso cá para os meus botões: " Putos! Se acham que a escola é uma seca e nunca mais acaba, esperem só até entrarem no mundo do trabalho... se entrarem no mundo do trabalho porque do jeito que isto vai, cheira-me que vão ficar a viver em casa dos pais até aos 50 anos."
Eu podia dizer-vos que saudades do tempo de escola, mas na realidade não tenho saudades nenhumas, se o dissesse seria só para acrescentar mais drama à ideia e não acho que isso seja necessário.
Sabem, trabalhar é igual a estar na escola. Se num lado aturávamos os colegas, os professores ou os auxiliares de educação (que no meu tempo davam por outro nome), no trabalho aturamos as mesmas figurinhas, com as mesmas birrinhas e com o mesmo comportamento de grupo. Não existem grandes diferenças entre um ambiente e outro. Poderiam dizer-me "Ah e tal mas quem vai para a escola vai para aprender." e essa seria a parte em que me escangalharia a rir à gargalhada. Exceptuando alguns casos que o fazem, ninguém vai para a escola aprender. Vão para a escola conviver e socializar, aprender e trabalhar não é a principal prioridade. Se está certo ou está errado não sei, mas sei que é uma característica cultural dos povos do sul da Europa. Claro está que quando se chega ao mundo do trabalho o posicionamento é praticamente o mesmo.
Pois é, mas cá estou eu às oito da manhã a escrever um texto sobre o meu regresso ao trabalho... infâmia!.. ok, fui passear o cão e agora não tenho sono.
Antes de entrar de férias de Páscoa, lá no burgo houve uma reunião sobre o estado da nação e - agora pasmem - o burgo está igual ao País! Aquele burgozito minúsculo está um caos! Se fossemos uma empresa privada, a esta altura já teríamos declarado a insolvência. Todavia, não é coisa que me espante muito. Já devia ter acontecido em 2007 durante a gestão magnífica de uma besta jacobina que para lá havia sido nomeada. A actual gestão conseguiu ganhar 2 anos mas, ainda assim não chegou.
Pergunta:
Será a actual gestão melhor que a anterior?
Resposta:
São apenas mais simpáticas, o que já não é nada mau.
E depois daquele discurso sobre o estado miserável da nação, descansem em Paz. Nunca, na minha vida, tinha ouvido algo tão inadequado por parte de uma Direcção. Incomodou-me bastante (como aliás dá para ver) e até tive oportunidade de comentar, posteriormente, com alguns gestores (sim, gestores mesmo. Daqueles que gerem empresas há já algum tempo), que se começaram a rir e depois disseram que o que havia sido praticado fora uma espécie de harakiri. Disseram muitas outras coisas também mas que ficarão para outra altura, até lá apenas me resta esperar que o governo caia.
Bom, vou mas é tomar o pequeno almoço antes que me saia daqui uma critica corrosiva.
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