Aborrecida com esta história da crise, com o facto de não se falar de outra coisa e com o facto do meu ordenado vir a encolher já este mês porque o "Sinhor Inginheiro" e suas partenaires têm pouca queda para a gestão financeira (Nota: e que - bem vistas as coisas - são apenas o reflexo do comum portuguesinho), opto por me refugiar no Opencourseware de algumas das Universidades Americanas mais prestigiadas, que disponibilizam cursos grátis para mentes auto-didactas (como eu por exemplo).
Não sei o que vos dizer. Tenho sempre aquela sensação de que nunca aprendo o suficiente, nem nunca sei o suficiente e ando sempre à procura. Do quê? Pois, até há pouco tempo não vos sabia responder a essa questão, agora apenas posso responder-vos que ando à procura de conhecimento e não me importa se no fim me dão um papel a dizer "Certificado", ou não. Eu não quero o papel, o que eu quero mesmo é saber. Obviamente que se nos derem um certificado, pois tanto melhor. Significa que podemos ter um papel para esfregar na cara de algum empregador coleccionador de papel. Se há uma coisa que já aprendi é que, a partir de um determinado momento, a iniciativa de querer saber mais tem de partir do próprio indíviduo. Não pode partir da imposição de terceiros, pois se partir de uma imposição o que vai acontecer é que - muito provavelmente - acabamos com um papel inútil nas mãos mas cujos grilhões sociais que nos prendem, nos obrigam a cometer a falsidade de dizer que, as horas que perdemos a aprender qualquer coisa imposta, foi muito útil.
Não se enganem, eu aprendo o que quero, quando quero e como quero... mesmo quando não tenho dinheiro para: adquirir conhecimentos pela via formal. O lado positivo da coisa é que nos sobram sempre outras duas vias, a saber: a não-formal e a informal, sendo que estas duas podem constituir alternativas bastante mais em conta.
Feita esta breve contextualização da coisa, passo então a expor as minhas mais recentes pérolas de sabedoria, ou fontes onde podemos beber - gratituitamente - a água, bem essencial, do conhecimento.
Comecemos então pelo famoso MIT, i.e. Massachusetts Institute of Technology. o MIT disponibiliza cursos online em modelo de opencourseware, ou seja, os conteúdos dos cursos são disponibilizados de forma gratuíta e estão acessíveis a todos em MITOPENCOURSEWARE. Escusado será dizer que estes recursos são uma preciosidade para todos aqueles que gostam de estar sempre a aprender. Aqui podemos encontrar cursos como:
- Médias, Artes e Ciências (tradução literal)
e muitos outros que não vou estar a colocar para aqui dado que não é esse o objectivo. De qualquer forma, o MIT é uma das Universidades que disponibiliza mais conteúdos.
Logo a seguir, adoro passar também pela Universidade de Yale e mesmo que a temática da Bioquímica não me diga grande coisa, a verdade é que também outros temas apelativos e que valem bem a pena explorar como por exemplo:
entre vários outros (estes correspondem mais ao meus gosto pessoal como devem calcular).
Estas duas Universidades são aquelas onde costumo passar mais tempo a ler as notas, ou a ouvir as sessões gravadas. No entanto, existem mais Universidades que também disponibilizam conteúdos como por exemplo:
- Universidade de Berkeley, que disponibiliza ensino online (mediante uma prestação pecuniária), mas que também disponibiliza conteúdos em OCW
- Universidade de Harvard, disponibiliza conteúdos também em open learning.
É claro que a utilização destes recursos implica o domínio da língua de trabalho, nomeadamente, do inglês. Se me perguntarem se existe algum conteúdo disponibilizado em português que seja, minimamente, tão interessante quanto os exemplos acima referidos, bom... como direi... mmmmm... opá, esqueçam lá isso! Assim o mais parecido é uma cena chamada Universia e que é, basicamente, um portal que agrega uma série de funções. Se calhar até é bastante interessante para alguém, mas pessoalmente não o considero user friendly e não é fácil encontrar informação.
Encontrei, no entanto a informação de que a Universidade de Évora tinha aderido ao projecto de ocw... em 2008... confesso que primeiro pensei que o título que deram à notícia, "Opencoursewhere", era um erro ortográfico mas depois de considerar a questão um bocado concluí que o título está correcto, falta-lhe é um ponto de interrogação à frente. "Opencoursewhere?". Será de espantar as Universidades Portuguesas não disponibilizarem conteúdos em ocw? Claro que não. Isto é a mesma coisa que o Executivo - com falta de queda para a gestão financeira - ser o reflexo do portuguesinho. Partilhar informação, de forma gratuita, é impensável e muito menos com a plebe (vulgo internautas neste caso).
Felizmente existem sempre alternativas.
Sem comentários:
Enviar um comentário