sábado, junho 30, 2012

Meus queridos amigos: isto é um pequeno resumo ;)

Bem sei que a minha assiduidade por estas paragens tem deixado muito a desejar, mas outros projectos requerem a minha atenção mais imediata e como tal, a parte da má língua acaba por ser relegada para um segundo plano. Por outro lado, existe o facto de eu me recusar a ver notícias. Por este motivo, apesar de elas (notícias) me chegarem - mesmo que eu não queira - atrasadas, acabamos por perder aquela oportunidade de falar no devido momento.

Todavia, isso não significa que não tenha coisas para contar, comentários para fazer ou opiniões para dar. Claro que tenho. Apenas, na maior parte das vezes, prefiro calar o sentimento de revolta e fazer como os macacaquinhos; See nothing, hear nothing, say nothing. O que não será, porventura, o melhor sistema de lidar com as coisas.

Mas a paciência tem os seus limites e a minha capacidade de tolerância à estupidez e à ignorância deliberada também, assim sendo o melhor é deixar a cobra que há em mim começar a cuspir veneno novamente... até porque é um exercício libertador.


Bom, então comecemos...

Em termos de política nacional, assim a coisinha mais animada que aconteceu esta semana foi a recepção ao ministro da economia ali para os lados da Covilhã. Mas como não há bela sem senão, como sabem todos os aspectos positivos também têm um aspecto negativo e qual foi o aspecto negativo que verifiquei? Não houve sangue. Fica uma pessoa toda entusiasmada a  pensar que "é agora" que vai acontecer alguma coisa e depois... nada. Confesso que para mim foi uma desilusão bastante grande. Não é que eu não goste do homem (do ministro), eu até gosto dele. Tem um ar rechonchudinho e simpático, mas quem anda à chuva molha-se e o coitadito não foi feito para ser ministro. Nesta óptica, ter-lhe-iam feito um favor, se lhe tivessem dado umas duas ou três testinhas, ou um nariz partido (que era para a malta ver um pouquinho de sangue), porque assim poderia ser que ele "visse a luz" e decidisse voltar para a sua vidinha normal que nunca deveria ter deixado. Para além disso, teria sido muito mais mediático e quem ousasse tal coisa (dar-lhe umas duas ou três testinhas), seria - por breves instantes - considerado como uma espécie de herói nacional. Certo que seria amado por uns e odiado por outros, mas na realidade isso é algo que acompanha o estatuto de herói. 

Outra coisa momentaneamente chata é que, provavelmente, seria preso e teria de ir a tribunal. No entanto, isso seria apenas por algumas horas e a parte do tribunal, também não seria muito complicada. Tudo bem teria de pagar uma indemnização, vá lá, de 700 euros ou assim mas também... nos tempos que correm, quem é que não pagaria para dar uns calduços num ministro?

Também li, por ali e acolá, uns comentários de uns hommus superioris indignatus com a ocorrência deste pequeno incidente. Tal como os outros têm o direito de expressar a sua indignação, mas devo confessar que a prática recorrente do falso moralismo é algo que me deixa doente.

Falando em doente, vamos rapidamente falar sobre outro assunto que me tem dado muita comichão na língua e e que deve constar daqueles grandes livros técnicos de patologias psiquiátricas. Ou seja, vou-vos falar das novas estrelas encarregadas de gerir lá o tasco onde estou.

Muito honestamente, eu acho que quem faz aquelas nomeações políticas só deve ter aquelas ideias quando está sentadinho na retrete e de repente dá conta de que falta o papel higiénico. É que só sai... cagada. Agora, espetaram-nos lá com uma criatura toda cor-de-rosa, cheia de plumas e brilhantes, que qual Cleópatra atrás de Marco António. Aquilo até vem com os seus próprios bobos da corte, que lhe estendem a passadeira vermelha e lhe lançam pétalas de rosa à sua passagem. Mas que coisa mais linda!... e perfumadinha também.

Como qualquer bom faraó, também esta já nasceu ensinada e sabe tudo. Pessoalmente, devo admitir que esta aptidão natural da criatura até é positiva, pois assim vamos logo para a casa da prisão sem passar pela casa da partida, o que parecendo que não poupa imenso tempo. No que respeita a esta questão de poupar tempo, a mesma só pode ser compreendida à luz do facto deste ser o ano europeu da velhice e daí a vital importância de ter de se poupar neste elemento temporal que não perdoa.

Bom, para concluir por hoje, eu confesso que estou bastante bem impressionada com demonstração -até agora - das skills e competências de toda aquela equipa que despencou ali dentro. Principalmente, ao nível das soft skills. É assim, para ter um nível daqueles de soft skills - digam lá o que disserem - mas tem de se ter um pós-doutoramento. É que está muito à frente... Eu diria mais...é que está mesmo a léguas... e das submarinas. Estou absolutamente certa de que será essa a razão pela qual, muitos de nós (mas não todos), andamos á procura do Nemo.   


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