Não sou vermelhinho, nunca fui, nem nunca serei, mas a verdade é que comparando o (des)governo do Santana Lopes com o do Eng.º Guterres, este último é um verdadeiro menino do coro.
É que as criticas são tantas que uma pessoa, por muito boa vontade que tenha, nem sabe por onde começar... Mas como não sou pessoa para recuar perante os obstáculos, vou tentar encontrar a ponta do novelo:
Ora bem, penso que tudo começou aquando das eleições legislativas em 2002. O pessoal estava farto das deambulações do tio Guterres e resolveu dar-lhe um ‘chega pr’a lá, que agora é a minha vez’ e assim foi eleito o tio Durão Barroso.
Para ele o país estava de tanga, no entanto agora está com uma mera parra (tipo Adão & Eva), com a diferença de que não estamos no Paraíso e o Inverno está à porta apesar da temperatura amena. No entanto, albergámos o Euro 2004 e como somos uns tipos porreiros e prontos para a galhofa a coisa correu bem. Claro que isto fez-nos esquecer daquela nuvenzinha negra que pairava sobre as nossas cabeças no dia a dia (afinal todos merecemos tirar umas boas férias das imbecilidades cometidas pelo governo).
Claro que as coisas que são boas não duram para sempre e logo de seguida levamos com a notícia de que o tio Durão vai aceitar o cargo de Presidente da U.E. Digo-vos, até hoje continuo a achar que se deve dividir o mal pelas aldeias logo acho que enviá-lo para Bruxelas foi uma excelente ideia. É óbvio que as consequências logo se fizeram sentir.
A sociedade dividiu-se. Uns queriam eleições antecipadas, outros não queriam eleições antecipadas. O PR decidiu que não haveria eleições antecipadas mas o governo de Santana Lopes ficaria debaixo de olho. Confesso que o aviso não serviu de muito.
Logo começaram as ideias patéticas. Uma das primeiras foi a pseudo-descentralização dos Ministérios. O Turismo foi para o Algarve (tem toda a lógica, até porque no resto de Portugal não há Turismo), a Secretaria de Estado da Juventude foi para Braga (ou whatever), e assim a coisa foi (ou vai, depende da perspectiva).
Depois nomearam os novos titulares de cargos políticos.
Para a Educação, nomearam uma Senhora com imensa experiência no Sector. Era professora na Universidade Nova (ou lá o que era, e como era professora tinha lógica que fosse para Ministra da Educação), com muito boas referências. Dizem as más línguas que na Universidade deram graças a Deus por a terem colocado no Ministério da Educação. Confesso que não sei porquê, a senhora parece ser tão sagaz e afoita, que me parece uma tremenda de uma injustiça dar ouvidos a essas criaturas malévolas que só sabem dizer mal. E quanto a esta história da colocação dos professores, não há dúvida que se tratou duma cabala... E como se sacode a água do capote?? Simples, culpa-se a empresa de informática. Ora, independentemente das relações obscuras ou não desta empresa com o governo, a verdade é que qualquer programador, programa de acordo com as indicações que lhe são transmitidas pelas entidades responsáveis. E quando esta senhora vai para a AR dizer que «a Compta diz o que quiser...», não é bem assim. A Compta age (ou agiu), de acordo com os parâmetros que lhe foram transmitidos e não por auto-recriação.
De seguida, demitem alguns Directores Regionais. É claro que precisavam de arranjar espaço para colocar algumas pessoas conhecidas com base na sua vasta experiência na Administração Pública. Se forem todos tão sagazes e afoitos como a senhora Ministra, são cilindrados pela estrutura em menos de um fósforo já para não dizer que será deverás interessante vê-los a gerir o dinheiro que não têm. Mas ei!! Sejam criativos enquanto há vida há esperança para além de que esta é uma excelente oportunidade de Aprendizagem ao Longo da Vida.
Passemos então à Secretaria da Juventude (quando soube desta até parece que levei com um calhau de 1 tonelada em cima). Nomearam o Dr. Pedro Duarte (ainda bem que não era professor, senão poderia ter ido para o Ministério da Educação e essa é que era hilariante). Ora, o tio Pedro é um jovem com um extraordinário dom para a oratória e para a retórica. Mas é só isso, porque substância, substância – assim a bem dizer – não tem nenhuma. Porquê? Pois, isso não sei... Mas é o que costuma acontecer quando se colocam em cargos políticos pessoas que experiência profissional não têm nenhuma.
O rapaz até é simpático, apesar do facto de que após 30 minutos de exposição não conseguir responder ao tema que se propôs responder. Mas se a idade foi um critério para o escolherem para o cargo (jovem-juventude), existem muitos jovens, com qualificações, competência e experiência profissional que poderiam ter sido nomeados para o cargo.
No Ministério da Defesa, ficou tudo na mesma. O tio Portas está tipo lapa, agarradinho à cadeira e não sai de lá nem por nada (quando for para o tirarem de lá tem de ser à espátula). De vez em quando lá se quer fazer notado e faz cenas do género impedir barcos da União de atracarem em portos portugueses.
No Ministério do Ambiente, nomearam o tio Nobre Guedes. Diga-se, muito competente em matéria ambiental, até construiu uma casa no parque natural da Arrábida só para demonstrar que era conhecedor do assunto e quando dizem que ele era advogado da Câmara Municipal de Setúbal e que isso tem tudo a ver com a construção numa área protegida... é claro que isso são as más línguas e aquela cambada de invejosos e mal-amados que não suportam ver a felicidade de ninguém.
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