quarta-feira, setembro 12, 2007

WoW - DIÁRIO DE UM MAGO (5) - parte I

O dia ontem correu-me mal e ainda não passei para nível 25.

Tirando isso, vendi duas coisitas em leilão - o que rendeu bom dinheiro - e por isso devia ter ficado feliz. No entanto, deixem-me que vos diga que tive razões para ser um gnomo infeliz, pelo menos, até às dez da noite (mais coisa, menos coisa).

A aventura começou à tarde. Estava tão danado porque o Hipnos (o Warlock) já estava quase a chegar ao nível 25 que resolvi ir apanhar ar (e alguns pontinhos) para as Deadmines. Como é claro, dois patarecos de nível 24, a soltar fogo pelas pontas dos dedos, sozinhos nas Deadmines revelou-se não só uma triste ideia como também dispendiosa (no sentido em que lá estava eu a pagar o arranjo da armadura). Também como é óbvio, apanhei muita cacetada, agora ar não apanhei nenhum e pontos também nada por aí além.

Quando regressei a Lakeshire soltava fogo pelas ventas e só pensava que tinha de ir bater em alguém. Tinha era que ser alguém que desse pontos. Tentei convencer-me que a questão da armadura deveria ser contabilizada na rubrica "custos operacionais" - tal como diz o Coelhão da Páscoa - e arrastei, democraticamente, o Hipnos para a quest do "Tharil'Zun". Pensei, inocentemente, que eu - um gnomo e mago de nível 24 - mais um warlock de nível 24, com o seu pet, daríamos conta do assunto mesmo tendo que entrar numa torre cheia de orcs, parte deles, elite (que querem que vos diga, sou um optimista). Como devem calcular, depois de ter morrido duas vezes só para tentar chegar à entrada da fortificação, comecei a achar que se calhar precisávamos de mais gente na party.

Não foi muito difícil encontrar mais gente. Andavam lá uns 4 desgarrados a tentar fazer a mesma coisa, mas sozinhos (note-se, aquela é uma quest de grupo, isso eu também sabia mas, achei que 2 já era um grupo embora pequeno). Arrebanhámo-los para o grupo e olhem... siga a marinha.

Bom, toda a gente queria ir para dentro da Torre e quem era eu para dizer que não? Estava convencido que o Tharil'Zun estava dentro da torre, logo fui também. Nem sei quantas vezes morri a tentar chegar ao cimo da torre (e pensava na armadura, ao mesmo tempo que dizia para mim mesmo "são custos operacionais, são custos operacionais", o meu fantasminha corria por ali a fora e eu pensava "são só custos operacionais, respira..."). Continuando, quando finalmente consegui chegar vivo ao cimo da torre, descobri que afinal o gajo que lá estava não era o Tharil'Zun. Bem... ía-me dando uma coisinha má.

Tudo bem que também precisávamos da cabeça daquele, mas eu julgava que andávamos atrás do outro. E se subir foi o cabo dos trabalhos, descer foi a desgraça, porque entretanto os orcs que nos tinham dado tanto trabalho a matar enquanto subíamos já tinham ressuscitado.

Logicamente, morremos todos na descida também e só depois é que resolveram ir todos à procura do Tharil'Zun.

Ressuscitar num pátio cheio de orcs é sempre uma má ideia, no entanto, ressuscitarmos num pátio cheio de orcs, do lado oposto ao do resto da party é mesmo muito mau (sou um bocado desorientado, que querem que vos diga?). Mas, eu não sou nenhum mariquinhas. Só precisava de atravessar o pátio para o outro lado... e precisava dos pontos, portanto tinha de ser. À pala desta triste proeza, morreram mais uns tantos membros da party (entre os quais, eu outra vez). Fiquei envergonhado porque a culpa de terem morrido foi minha mas, o objectivo era a cabeça do estupor do orc. Depois de termos recuperado todos, toca de dar porrada nas criaturas.

Entretanto, eu - que só podia bater em um de cada vez - meia volta lá transformava um em ovelha para ver se ganhava tempo e a coisa até estava a resultar. Lá conseguimos dar cabo dos animais e estava tudo contente porque tinham morto o Tharil'Zun... enquanto isso, eu andava ainda a fugir de um cliente que ficou descontente por ter sido transformado numa ovelha. Bom... bem vistas as coisas, até consegui fugir do orc, o único problema é que estava tão preocupado com o maldito que não vi a ribanceira que estava à minha frente e caí por ali abaixo. Morri.

Conclusão, toda a gente conseguiu a cabeça do Tharil'Zun. Eu, não só caí pela ribanceira abaixo, como fui o único que não conseguiu apanhar a cabeça do animal porque... morri ao cair pela ribanceira abaixo e gastei 11 moedas de prata e 65 de cobre para arranjar a armadura... "custos operacionais".

Aaaaah, mas as coisas não iam ficar assim! Estava possesso.

(continua...)

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