segunda-feira, janeiro 03, 2011

E NO 3º DIA DO ANO

E no 3º dia do ano deparei-me com a bela quantia de 2,60 €, por um bilhete de ida e volta, na Estação de combóios.

A primeira coisa que me ocorreu foi: "Começa a sair caro ter de ir trabalhar, vale mais ficar em casa".

Mas fui trabalhar.

Nota: a propósito de ir trabalhar, confesso que por vezes levanto algumas resistências uma vez que considero que existe uma disparidade entre o valor que me pagam e o trabalho que tenho de efectuar. Mas em Portugal (administração pública ou não) há uma grande tendência para desvalorizar monetariamente o trabalho dos trabalhadores e sobrevalorizar o resulatdo final dos mesmos. Todavia, como sou um bocado tolinha e acho que é uma questão de responsabilidade o compromisso assumido contratualmente com os serviços, pronto fui trabalhar. 

Cheguei ao trabalho e claro, já me andaram a buzinar aos ouvidos a história da diminuição de salários e de como iremos sentir a crise já no final do mês. Automaticamente o meu cérebro transformou-se numa calculadora gigante e começou a fazer contas.

Ora, nós trabalhamos 7 horas por dia - o que equivale a 420 minutos - se nos vão descontar 5% do ordenado (Nota: decisão unilateral e contrária à legislação laboral que pode ser interessante levar para tribunal, embora não feche a porta a uma negociação que, pelo mesmo valor, me reduza o horário de trabalho), então vou reduzir nas horas de trabalho também e passo a trabalhar menos 21 minutos por dia. 

Não é preciso ser extraordinariamente brilhante para saber que tempo é dinheiro, aliás, basta olharem para qualquer parquímetro da cidade de Lisboa para verificarem que + tempo = + dinheiro, logo se pagam - dinheiro isto é = a - tempo. Parece-me bastante lógico, embora para os putos do secundário isto possa, actualmente, parecer uma ideia muito complexa que eles são incapazes de explicar.

Moral da história: Amiguinhos, querem pagar menos? Ói! Por mim tudo bem. Agora, não me peçam para trabalhar 7 horas por dia, nem para assumir responsabilidades, nem para fazer isto ou aquilo, porque a resposta vai ser NÃO. Se não gostarem, da mesma forma que dizem "Podem sempre ir-se embora", eu também digo "Podem sempre cessar-me o contrato".

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