"Lamento muito, assidente acontece com todos, o importante é manter a cabeça erguida, força."
ou ainda:
"cada um fassa o que bem entender (...)"
sem nunca esquecer que:
"(...) á quem goste deste caus,"
e que:
" (...) realmente o que ela fas com o rapas nao se fas nunca me igano (...)"
e para que não subsistam dúvidas que:
"(...) ninguém duvide que eram friados intocaveis (...)"
Mas creio que:
" ela mercia sair"
Ultrapassando já o pequeno problema da construção gramatical de algumas frases, verificamos que muitos destes cibernautas mais... vá... distraídos talvez... revelam algum desatino com as diversas formas do o verbo "Fazer", o que - vendo bem as coisas - até é bastante normal porque quando é para "Faser" alguma coisa, é melhor que "fassam" os outros.
Revelam também alguma incompatibilidade com o verbo "Haver". Mas isso também não é de estranhar. Nos tempos que correm, a vida das pessoas está um "caus" e não "á"nada para ninguém. Os "iganos" é que são aborrecidos. São "assidentes" que acontecem e depois já não "á" nada a "faser". Por sorte ainda "á" alguns "friados" , mas acho que "merciamos" mais e melhor.
O rol de alarvavidades e punhaladas à nossa língua mãe põe, no mínimo, o Luís Vaz de Camões às voltas no túmulo e apesar de, por um lado, nos rirmos com as asneiras que os outros escrevem, a verdade é que por outro, não é possível não nos preocuparmos com o caminho que estamos a seguir.
Certamente que nem todos podem ser mestres na arte de dominar a língua Portuguesa, mas também não será isso que lhes é pedido. Aquilo que se lhes pede é que saibam ler, compreender e escrever na sua língua materna, para que consigam comunicar e para que consigam expressar-se de uma forma razoável.
Sem comentários:
Enviar um comentário