Pois é, mais um ano pela frente e mais uma voltinha no carrocel neste país à beira-mar plantado. O que esperar de 2005 não sei, mas espero que seja melhor do que 2004.
A boa notícia do ano que passou, foram os aumentos ao ordenado do pessoal que - muita atenção a este detalhe - trabalha na função pública (porque os desgraçados que trabalham no sector privado vão ver aumentos mas é por um canudo).
A má notícia do ano que hoje começa, é que os preços vão aumentar 2,não-sei-quantos % (o que é fantástico porque os ordenados só aumentam 2 %, logo na realidade o pessoal vai mesmo é perder poder de compra).
A boa notícia do ano que hoje começa, é que este ano vão haver feriados a dar com um pau.
A má notícia é termos uma estação de televisão que faz disso uma notícia de carácter nacional, como se isso fosse muito importante para o desenvolvimento da nação e começar logo a relacioná-la com as taxas de produtividade.
Todos sabemos que Portugal tem um problema com a história da produtividade, agora o que eu dúvido é que isso seja por causa de haver feriados a mais, ou de haver feríados a menos. E também dúvido que tenha alguma coisa a ver com as horas de trabalho do indíviduo. Eu não sou nenhum entendido nem em gestão, nem em economia (e tenho muita pena daqueles que se acham especialistas na área), mas acredito que o maior problema que temos e que se reflecte nas taxas de produtividade é a má gestão dos recursos que temos, sejam eles humanos ou materiais. Por isso a culpa não é do recurso existente, é do gestor que não o sabe gerir de forma a tirar o maior partido daquilo que tem disponível. E este é um problema que é transversal ao sector público e privado.
Enfim, como vos disse não sou nenhum entendido na matéria mas ainda assim, o meu maior desejo para 2005 é deixar de ver atrasados mentais em lugares de destaque e atrasados mentais com poder de decisão... se bem que esta gente é um bocado como as traças à volta de uma vela acesa.
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