terça-feira, agosto 30, 2005

EDP, OS PREÇOS & o EBAY

De repente, lembrei-me que, desde ontem, ainda não tinha dito mal de nada, nem ninguém. No entanto, isso foi porque me esqueci de falar na notícia que ouvi nas notícias hoje de manhã.
Então a EDP vai revêr os preços de 3 em 3 meses... É como a gasolina e a liberalização do mercado que, era suposto ser mais 'barato' para o consumidor. A vantagem é que ao menos a EDP não pode funcionar em cartel porque não tem concorrência (e as gasolineiras também não agem em cartel porque é ilegal, são é - por coincidência - umas 'marias - vai - com as outras').
Lindo!
Por acaso já olharam bem para as facturas da água, luz e telefone? São hilariantes.
Exemplo 1 : Numa factura da PT cujo valor total seja, por exemplo, 27,00 €, 2,00 € são em chamadas e o resto são taxas.
Agora digam lá que não vale mais a pena pagar a assinatura de um telemóvel? Ao menos podem-se fazer mais chamadas.
Exemplo 2 : Numa factura da EPAL cujo valor total seja, sei lá... 25,00 €, para aí 10,00€ (no máximo dos máximos), são água e o resto são taxas.
Fantástico não é?
Exemplo 3 : Numa factura da EDP, é a mesma coisa que os casos de cima e nas taxas inclui-se aquele serviço em que o contribuinte financia a Televisão do Estado.
Felizmente, não vão aumentar o IRS... que simpáticos.
A sério... eu sei que vocês estão-me sempre a dizer que não é uma boa ideia... mas que tal leiloarmos o País no eBay? Também podíamos fazer uma OPV numa bolsa estrangeira ou assim, só que eu não percebo nada de bolsa, percebo mais de eBay...

DUBLIN - HERE I GO!!!!




I just Love my job!... De vez em quando.

segunda-feira, agosto 29, 2005

PARA DESANUVIAR




Para os americanos isto é sinónimo de luxo (em Key West e a 895 USD por semana).... Para nós, esta cena, para além de ser cara, é foleira a dar com um pau!!

MAIS AUTÁRQUICAS 2005 – DEBATES & OUTRAS CURIOSIDADES

Na sexta-feira passada, foi transmitido na SIC notícias o debate com os candidatos à Câmara Municipal de Sintra.
Relativamente a este, há muito pouco a dizer. Os Drs. Fernando Seara e João Soares, fizeram a festa, atiraram os foguetes e apanharam as canas. Aquilo parecia o Mercado do Bulhão em hora de ponta e se o objectivo era esclarecer os munícipes, bom... continuem a mandar postais.
O candidato da CDU, pois não sei... se calhar estava lá só a fazer de figurante o que, considerando o fraco nível do debate, teria feito melhor se, se levantasse e saísse. Aí sim, teria tido impacto mediático.

No que respeita a outras curiosidades, devo dizer que volta e meia fico a saber de coisas interessantes que as abelhinhas malvadas me contam. Ainda a propósito das Câmaras Municipais, fiquei a saber que a Presidente da Câmara Municipal de Oeiras é uma pessoa que é muito amiga do seu amigo e estes laços, inquebráveis, de uma Amizade verdadeira e incontestável são exemplos a seguir. Demonstram um verdadeiro carácter humano e solidário das pessoas mesmo quando, providencialmente, se rejeita um projecto de um munícipe e depois se aprova um igual com o nome de alguém mais familiar. Ou até quando se abrem concursos públicos – daqueles cujas decisões já estão tomadas à partida – que só servem para cumprir uma formalidade. É claro que estas coisas nunca se podem provar, pois não? Porque quando se quer rejeitar alguma coisa, há um esforço adicional para se encontrar um motivo formal que sustente essa rejeição e o que anteriormente, poderia ser designado por um certo clientelismo, passa a ser uma decisão legítima e legal.

É... eu se tivesse de votar em Oeiras, não votava.

sexta-feira, agosto 26, 2005

DIGNO DE NOTA - "O DIREITO DE APRENDER"

Vale a pena passar pelo site "O Direito de Aprender", uma iniciativa da Associação com o mesmo nome e que tem uma publicação trimestral que se chama "Aprender ao longo da vida", dirigida pelo Prof. Alberto Melo da Universidade do Algarve.

A GENEROSIDADE LOCAL

Diz o DN na sua notícia “PSD orçamenta o dobro do PS”:
«A generosidade local é um importante apoio para as contas dos candidatos independentes, que não podem contar com o dinheiro dos partidos. Dos três independentes mais famosos destas eleições - Valentim Loureiro, Isaltino Morais e Avelino Ferreira Torres -, o major é quem conta com amigos mais mãos-largas e orçamentou 240 mil euros em donativos pecuniários e outros 25 mil na angariação de fundos a nível local. Verbas que talvez o tenham encorajado a programar uma campanha cuja despesa chega a 405 mil euros - orçamento bastante superior ao limite permitido para Gondomar (337.230).
Isaltino Morais, que em Oeiras tem o mesmo limite de gastos de Valentim, fez um orçamento bem mais modesto (229 mil euros) e conta com donativos que, no total, ascendem a 163 mil euros, mais 6 mil euros de donativos em espécie (equivalente à renda da sede de campanha e ao aluguer de equipamento informático).
Avelino Ferreira Torres conta com 88 mil euros de donativos pecuniários e 23 mil de donativos em espécie (não especificados). Uma boa maquia tendo em conta que só pode gastar em Amarante 112 mil.»
É...
Afinal parece que não há qualquer tipo de promiscuidade entre as Câmaras Municipais e alguns dos nativos das suas terras.
O que há é generosidade local.

quinta-feira, agosto 25, 2005

AUTÁRQUICAS 2005 – DEBATES

A SIC notícias iniciou ontem um ciclo de debates com os candidatos às eleições autárquicas.
O pontapé de saída coube ao Município de Oeiras e no estúdio estiveram presentes os candidatos:
- Teresa Zambujo (PSD);
- Isaltino Morais (INDEP.);
- Emanuel Martins (PS).
Para ser sincero, não vi o debate até ao fim, por isso apenas vou falar daquilo que pude ver. E aquilo que pude ver, de ideias políticas ou projectos para a autarquia não tem rigorosamente nada. No entanto, tem tudo a ver com imagem e forma de comunicar.
Assim sendo, o que pude ver nos 15/20 minutos que estive a olhar para a televisão foi o seguinte:
1º - A Dra. Teresa Zambujo enquadrava-se perfeitamente bem na proxémica (i.e no cenário). Estava bem iluminada, o traje que envergava era sóbrio sem ser pesado e conferia-lhe uma jovialidade e uma dinâmica característica de quem tem força e energia para levar aquilo que se propõe fazer a bom porto.

Em termos de postura, a Dra. Teresa falava mais para a jornalista do que para o público, mas não foi grave pois falava de uma forma assertiva e cada vez que precisava, socorria-se dos documentos que levava (excelente estratégia diga-se, essas coisas devem fazer-se sempre que necessário). Contudo, havia ali um pequeno senão que não sei se foi sendo corrigido ao longo do debate. É assim, quando a jornalista faz perguntas, não é preciso afastar-se dela como se a senhora mordesse ou tivesse algum tipo de lepra. Ao afastar-se, inclinando-se para trás, está a transmitir sinais de rejeição ao outro e está a levantar obstáculos à comunicação. Eu não sou um especialista nestas coisas, mas a Dra. Teresa devia trabalhar um pouco mais este aspecto.
2º- O Dr. Isaltino Morais (que não sei se é Dr. Eng.º, ou tem outro título qualquer), estava relativamente bem enquadrado também. O fato que vestia dava-lhe um ar sóbrio e a gravata vermelha dava-lhe agressividade. Durante o tempo que estive a ver o debate, era esta agressividade que dominava e contrastava com a assertividade da Dra. Teresa Zambujo e com a passividade do Dr. Emanuel Martins. No entanto, uma coisa importante é que este candidato falava para o público e não para os restantes.

Em termos de postura, encontrava-se reclinado na cadeira, ligeiramente afastado da mesa e fazendo-a girar ora para um lado, ora para o outro. Isto revela uma atitude arrogante e displicente para com os outros que pode ser considerada como falta de educação. Está muito longe de ser uma atitude positiva. Nós não estamos propriamente na Ilha da Madeira em que o discurso e a postura do Dr. Alberto João Jardim funciona bem, mas é para os Madeirenses.

3º- O Dr. Emanuel Martins... Este senhor ganhou o prémio “Valha-me Deus!” da Imagem. É que não havia forma de conseguir prender a atenção de ninguém. Estava todo encolhidito na sua cadeira, com um fato que parecia maior do que ele e falava para dentro não se percebendo quase nada do que dizia. Eu se fosse o PS remodelava a imagem deste candidato que o homem parece que foi atropelado por um combóio.
Depois é assim, ninguém começa um discurso a pedir desculpa, porque se faz isso é a morte do artista. Quem começa um discurso com “Peço desculpa...” é porque não está certo do que disse, nem do que defende. E quando se fala, fala-se para fora, projecta-se a voz. Aquilo não era um diálogo com os próprios botões. Por isso, é melhor que o PS dê alguma formação adicional a este senhor, caso contrário a sua candidatura vai ser completamente trucidada pelas outras duas e digo-vos, não é nada difícil, só que é muito chato porque este senhor até tem um ar simpático.
Bom, isto foi o que pude apreender do pouco que vi deste primeiro debate. Infelizmente, não gravei, o que é uma pena porque poderia ter feito uma análise mais detalhada. É que apesar de não ser especialista, divirto-me à brava a fazer isto.

quarta-feira, agosto 24, 2005

(2) Why Johnny’s Teacher Can’t Teach – by Heather Mac Donald 1998

(…)

Only a know-nothing could be offended by so innocent a question. It never occurs to Darling-Hammond that there may be a joy in mastering the parts of a plant or the organelles of a cell, and that such memorization constitutes learning. Moreover, when, in the progressives’ view, will a student ever be held accountable for such knowledge? Does Darling-Hammond believe that a student can pursue a career in, say, molecular biology or in medicine without it? And how else will that learning be demonstrated, if not in a test? But of course such testing will produce unequal results, and that is the real target of Darling-Hammond’s animus.

Once you dismiss real knowledge as the goal of education, you have to find something else to do. That’s why the Anything But Knowledge doctrine leads directly to Professor Nelson’s odd course. In thousands of education schools across the country, teachers are generating little moments of meaning, which they then subject to instant replay. Educators call this "constructing knowledge," a fatuous label for something that is neither construction nor knowledge but mere game-playing. Teacher educators, though, possess a primitive relationship to words. They believe that if they just label something "critical thinking" or "community-building," these activities will magically occur.

For all the ed school talk of freedom from the past, teacher education in this century has been more unchanging than Miss Havisham. Like aging vestal virgins, today’s schools lovingly guard the ancient flame of progressivism. Since the 1920s they have not had a single new idea; they have merely gussied up old concepts in new rhetoric, most recently in the jargon of minority empowerment. To enter an education classroom, therefore, is to witness a timeless ritual, embedded in an authority structure of unions and state education departments as rigid as the Vatican.
It is a didactic ritual as well. The education professor’s credo is: As I do unto you, so shall you do unto your students. The education professor "models" how she wants her students to teach by her own classroom methods. Such a practice is based on a glaring fallacy—that methods that work passably well with committed 22-year-olds, paying $1,800 a course for your wisdom, will translate seamlessly to a class of seven-or twelve-year-olds.
The Anything But Knowledge credo leaves education professors and their acolytes free to concentrate on far more pressing matters than how to teach the facts of history or the rules of sentence construction. "Community-building" is one of their most urgent concerns. Teacher educators conceive of their classes as sites of profound political engagement, out of which the new egalitarian order will emerge. A case in point is Columbia’s required class, "Teaching English in Diverse Social and Cultural Contexts," taught by Professor Barbara Tenney (a pseudonym). "I want to work at a very conscious level with you to build community in this class," Tenney tells her attentive students on the first day of the semester this spring. "You can do it consciously, and you ought to do it in your own classes." Community-building starts by making nameplates for our desks. Then we all find a partner to interview about each other’s "identity." Over the course of the semester, each student will conduct two more "identity" interviews with different partners. After the interview, the inevitable self-reflexive moment arrives, when Tenney asks: "How did it work?" This is a sign that we are on our way to "constructing knowledge."
A hallmark of community-building is its overheated rhetoric. The education professor acts as if she were facing a pack of snarling Serbs and Croats, rather than a bunch of well-mannered young ladies (the vast majority of education students), hoping for a good grade. So the community-building assignments attack nonexistent problems of conflict. Tenney, sporting a black leather miniskirt and a cascade of blonde curls, hands out a sheet of paper and asks us to respond to the questions: "What climate would allow you to do your best work? How should a class act to encourage open and honest and critical dialogue?" We write for a while, then read our response to our interview partner.
Now is this question really necessary, especially for a group of college graduates? Good classroom etiquette is hardly a mystery. In the evil traditional classroom, and probably also at Teachers College, if a student calls another a fathead, thus discouraging "open and honest and critical dialogue," the teacher would simply reprimand him, and everyone would understand perfectly well what just happened and why. Consensus already exists on civil behavior. But the education classroom, lacking a pressing agenda in concrete knowledge, has to "problematize" the most automatic social routines.
Of course, no amount of writing about the conditions for "open dialogue" can change the fact that discussion is not open on many issues at Teachers College and other progressive bastions. "If you don’t demonstrate the correct point of view," says a student, "people are hostile. There’s a herd mentality here." A former student of Tenney’s describes the difficulties of dissent from the party line on racism: "There’s nothing to be gained from challenging it. If you deny that the system inherently privileges whites, you’re ‘not taking responsibility for your position in racism.’ " Doubtless, it would never occur to Professor Tenney that the problem this student describes impedes community-building.
All this artificial "community-building," however gratifying to the professors, has nothing to do with learning. Learning is ultimately a solitary activity: we have only one brain, and at some point we must exercise it in private. One could learn an immense amount about Schubert’s lieder or calculus without ever knowing the name of one’s seatmate. Such a view is heresy to the education establishment, determined, as Rita Kramer has noted, to eradicate any opportunity for individual accomplishment, with its sinister risk of superior achievement. For the educrats, the group is the irreducible unit of learning. Fueling this principle is the gap in achievement between whites and Asians, on the one hand, and other minorities on the other. Unwilling to adopt the discipline and teaching practices that would help reduce that gap, the education establishment tries to conceal it under group projects.
And so the ultimate community-building mechanism is the ubiquitous "collaborative group." No activity is too solitary to escape assignment to a group: writing, reading, researching, thinking—all are better done with many partners, according to educational dogma. If you see an ed school class sitting up in straight rows, call a doctor, because it means the professor has had a heart attack and couldn’t arrange the class into groups.
For all their "progressive" sympathies, not all ed students like this regime. "I’m a socialist at heart," says one of Tenney’s students, establishing her bona fides, "but some tasks, like writing, are not collaborative. It’s hard when someone loses their voice." Another Columbia student in the Education Administration program complains that "teachers here let the group projects run wild." At $1,800 a course, it’s frustrating "when the last four sessions of a class are group projects that are all garbage." Lastly, small group discussions have a habit of careening off the assigned topic. The professors rarely intervene, however, says a Teachers
College student, "because they don’t want to interfere with the interaction."
The elevation of the group entails the demotion of teachers—yet another plank in the Anything But Knowledge platform. To accord teachers any superior role in the classroom would be to acknowledge an elite hierarchy of knowledge, possessed by some but not all, at least without effort. Teachers traditionally represent elitism, learning, authority—everything that progressivism scorns—and so they must be relegated to the role of mere facilitators for the all-important group.
Linda Darling-Hammond’s description of collaborative learning perfectly captures how inextricable the political is from the educational in progressive theory. "Whereas traditional classrooms tend to be still but for the sound of teacher talking, learning-centered classrooms feature student talk and collective action." (The "learning-centered classroom" is Darling-Hammond’s jargon for a student-centered classroom.) "Collective action"—how exciting! But though lots of undirected "student talk" hardly seems conducive to learning, progressives abhor quiet. David Schaafsma, one of Columbia’s more politicized teachers, told his English Methods class of visiting a quiet third-grade class in the Bronx; explaining: "It terrifies me when kids are really really still." "They’ve got to move." It never occurs to these apostles of the Free Self that for many inner-city children, reaching a state of calm attention is a wonderful achievement.
Collaborative learning leads naturally to another tic of the progressive classroom: "brainstorming." Rather than lecture to a class, the teacher asks the class its opinion about something and lists the responses on the blackboard. Nothing much happens after that; brainstorming, like various forms of community-building, appears to be an end in itself. Hunter College professor Faith DiCaprio (a pseudonym) recently used two levels of brainstorming—whole group and small group—with her "Language and Literacy in Early Childhood" class. The class had just read Wally’s Stories by Vivian Paley, essentially a transcript of freewheeling discussions among kindergartners in a progressive classroom. First, DiCaprio asked her students what they liked about the book. As students called out their responses—"I liked how she didn’t correct the students," "She reminded us why a child-centered room is so necessary: she didn’t intrude on their conversation"—DiCaprio writes their responses in abbreviated ed-speak on big posted sheets of paper: "Tolerance: they negotiated meaning" and "Created safe arena."
After DiCaprio fills up the posted pages, nothing happens. Nothing needs to happen, for the lists of responses are visible proof of how much the class already knows. We have just "constructed knowledge." On to the next brainstorming exercise. This time, it’s a twofer—brainstorming plus collaborative learning. DiCaprio breaks the class into small groups. Their assignment: list and categorize the topics discussed by the kindergartners in Wally’s Stories. So the students dutifully make lists of fairies, food, plants, witches, and other meaty matters. One outspoken girl enthuses to her group: "And the kids were smart, they were like, ‘The turnips push up with the roots,’ and I was like, ‘How’d they know that?’ " After the groups complete their lists, they read them to the rest of the class. Learning tally? Almost zero.
The consequences of the Anything But Knowledge credo for intellectual standards have been dire. Education professors are remarkably casual when it comes to determining whether their students actually know anything, rarely asking them, for example, what can you tell us about the American Revolution? The ed schools incorrectly presume that the students will have learned everything they need to know in their other or previous college courses, and that the teacher certification exams will screen out people who didn’t.
Even if college education were reliably rigorous and comprehensive, education majors aren’t the students most likely to profit from it. Nationally, undergraduate education majors have lower SAT and ACT scores than students in any other program of study. Only 16 percent of education majors scored in the top quartile of 1992-93 graduates, compared with 33 percent of humanities majors. Education majors were overrepresented in the bottom quartile, at 30 percent. In New York City, many education majors have an uncertain command of English—I saw one education student at City College repeatedly write "choce" for "choice"—and appear altogether ill at ease in a classroom. To presume anything about this population without a rigorous content exit exam is unwarranted.
The laissez-faire attitude toward student knowledge rests on "principled" grounds, as well as on see-no-evil inertia. Many education professors embrace the facile post-structuralist view that knowledge is always political. "An education program can’t have content [knowledge] specifics," explains Migdalia Romero, chair of Hunter College’s Department of Curriculum and Teaching, "because then you have a point of view. Once you define exactly what finite knowledge is, it becomes a perspective." The notion that a culture could possess a pre-political common store of texts and ideas is anathema to the modern academic.
The most powerful dodge regurgitates William Heard Kilpatrick’s classic "critical thinking" scam. Asked whether a future teacher should know the date of the 1812 war, Professor Romero replied: "Teaching and learning is not about dates, facts, and figures, but about developing critical thinking." When pressed if there were not some core facts that a teacher or student should know, she valiantly held her ground. "There are two ways of looking at teaching and learning," she replied. "Either you are imparting knowledge, giving an absolute knowledge base, or teaching and learning is about dialogue, a dialogue that helps to internalize and to raise questions." Though she offered the disclaimer "of course you need both," Romero added that teachers don’t have to know everything, because they can always look things up.
Romero’s tolerance of potential teacher ignorance perfectly reflects New York State’s official policy on learning, a sellout to progressivism in its preference for "concepts" and "critical thinking" over measurable knowledge. The Regents’ much-vaunted 1996 "student learning standards," are vacuous evasions of facts and knowledge, containing not a single book or document or historical fact that students should know. Literature? The word isn’t mentioned. Instead, proclaim the standards in classic educationese, "students will listen, speak, read, and write for literary response and expression"—literally a meaningless statement, matched in its meaninglessness only by the next "English Language Arts" standard: "Students will listen, speak, read, and write for social interaction." Teachers need to get hold of the third level of documentation accompanying the standards to find any specific historical figures or events or books, but there, excessive detail and gaseous generalization will overwhelm them.
But what New York State expects of its students is a model of rigor compared to what it formally expects of its teachers. The State Teacher Certification Exams are a complete abdication of the state’s responsibility for ensuring an educated teaching force. If any teachers in the state know anything about American history, English literature, or chemistry, it is a complete accident, for the state’s highest education authorities have not the slightest interest in finding out. The Liberal Arts and Sciences Test, the ticket to a teacher’s first five years in a classroom, contains absolutely no substance; at most, it tests reading skills. The test preparation booklet is a classic of educationese. The exam section on "Historical and Social Scientific Awareness" (note: not "knowledge"), for example, tests teachers’ "understanding [of] the interrelatedness of historical, geographic, cultural, economic, political and social issues and factors."
Now, by loading on the different types of "issues and factors" that prospective teachers are supposed to understand, the exam ensures that they need know nothing in particular. The only thing that test takers do have to know is the multicultural dogma that there is no history, only "multiple perspectives" on history. The certification exam asks prospective teachers to "analyze multiple perspectives within U.S. society regarding major historical and contemporary issues"—not history, but "historical issues," and not even "historical issues," but "multiple perspectives" on "historical issues." Such a demand is ripe for spouting off, say, on the "Native American perspective" on the Western expansion, without having the slightest idea what fueled that expansion, when and where it occurred, who peopled it, and what its consequences were. In fairness, the Content Specialty Tests teachers must take for permanent certification are much more substantive, especially in science and math, but only one-third of the teachers seeking provisional certification ever make it that far.
The pedagogy portion of the Liberal Arts and Sciences certification exam resembles a catechism more than an exam. "Multiple perspectives" are clearly not acceptable in answering such loaded questions as: "Analyze how classroom environments that respect diversity foster positive student experiences," or, "Analyze how schoolwide structures (i.e., tracking) and classroom factors (e.g., homogeneous versus heterogeneous grouping [presumably by ability], student-teacher interactions) may affect students’ self-concepts and learning." Will a would-be teacher who answers that classrooms should stress a common culture or that ability-grouping promotes excellence remain just a would-be teacher? One hopes not.
The exams echo with characteristic ed school verbiage. The student doesn’t learn, he achieves "learning processes and outcomes"; the teacher doesn’t teach, she "applies strategies for facilitating learning in instructional situations." Disregard for language runs deep in the teacher education profession, so much so that ed school professors tolerate glaring language deficiencies in schoolchildren. Last January, Manhattan’s Park West High School shut down for a day, so that its faculty could bone up on progressive pedagogy. One of the more popular staff development seminars was "Using Journals and Learning Logs." The presenters—two Park West teachers and a representative from the New York City Writing Project, an anti-grammar initiative run by Lehman College’s Education School—proudly passed around their students’ journal writing, including the following representative entry on "Matriarchys v. pratiarchys [sic]": "The different between Matriarchys and patriarchys is that when the mother is in charge of the house. sometime the children do whatever they want. But sometimes the mother can do both roll as a mother and as a father too and they can do it very good." A more personal entry described how the author met her boyfriend: "He said you are so kind I said you noticed and then he hit me on my head. I made-believe I was crying and when he came naire me I slaped him right in his head and than I ran . . . to my grandparients home and he was right behind me. Thats when he asked did I have a boyfriend."
The ubiquitous journal-writing cult holds that such writing should go uncorrected. Fortunately, some Park West teachers bridled at the notion. "At some point, the students go into the job market, and they’re not being judged ‘holistically,’ " protested a black teacher, responding to the invocation of the state’s "holistic" model for grading writing. Another teacher bemoaned the Board of Ed’s failure to provide guidance on teaching grammar. "My kids are graduating without skills," he lamented.
Such views, however, were decidedly in the minority. "Grammar is related to purpose," soothed the Lehman College representative, educrat code for the proposition that asking students to write grammatically on topics they are not personally "invested in" is unrealistic. A Park West presenter burst out with a more direct explanation for his chilling indifference to student incompetence: "I’m not going to spend my life doing error diagnosis! I’m not going to spend my weekend on that!" Correcting papers used to be part of the necessary drudgery of a teacher’s job. No more, with the advent of enlightened views about "self-expression" and "writing with intentionality."
However easygoing the education establishment is regarding future teachers’ knowledge of history, literature, and science, there is one topic that it assiduously monitors: their awareness of racism. To many teacher educators, such an awareness is the most important tool a young teacher can bring to the classroom. It cannot be developed too early. Rosa, a bouncy and enthusiastic junior at Hunter College, has completed only her first semester of education courses, but already she has mastered the most important lesson: America is a racist, imperialist country, most like, say, Nazi Germany. "We are lied to by the very institutions we have come to trust," she recalls from her first-semester reading. "It’s all government that’s inventing these lies, such as Western heritage."
The source of Rosa’s newfound wisdom, Donaldo Macedo’s Literacies of Power: What Americans Are Not Allowed to Know, is an execrable book by any measure. But given its target audience—impressionable education students—it comes close to being a crime. Widely assigned at Hunter, and in use in approximately 150 education schools nationally, it is an illiterate, barbarically ignorant Marxist-inspired screed against America. Macedo opens his first chapter, "Literacy for Stupidification: The Pedagogy of Big Lies," with a quote from Hitler and quickly segues to Ronald Reagan: "While busily calling out slogans from their patriotic vocabulary memory warehouse, these same Americans dutifully vote . . . for Ronald Reagan, giving him a landslide victory . . . . These same voters ascended [sic] to Bush’s morally high-minded call to apply international laws against Saddam Hussein’s tyranny and his invasion of Kuwait." Standing against this wave of ignorance and imperialism is a lone 12-year-old from Boston, whom Macedo celebrates for his courageous refusal to recite the Pledge of Allegiance.
What does any of this have to do with teaching? Everything, it turns out. In the 1960s, educational progressivism took on an explicitly political cast: schools were to fight institutional racism and redistribute power. Today, Columbia’s Teachers College holds workshops on cultural and political "oppression," in which students role-play ways to "usurp the existing power structure," and the New York State Regents happily call teachers the "ultimate change agents." To be a change agent, one must first learn to "critique" the existing social structure. Hence, the assignment of such propaganda as Macedo’s book.
But however bad the influence of Macedo’s puerile politics on future teachers, it pales compared to the model set by his writing style. A typical sentence: "This inability to link the reading of the word with the world, if not combated, will further exacerbate already feeble democratic institutions [sic] and the unjust, asymmetrical power relations that characterize the hypocritical nature of contemporary democracies." Anyone who dares criticize Macedo for his prose is merely trying to "suffocate discourses," he says, with the "blind and facile call for clarity." That Hunter College could assign this gross betrayal of the English language to future teachers is a sufficient reason for closing its education program down. Rosa’s control of English is shaky enough as it is; to fill her ears with such subliterate writing represents professional malpractice.
But Macedo is just one of the political tracts that Hunter force-fed the innocent Rosa in her first semester. She also learned about the evils of traditional children’s stories from education radical Herbert Kohl. In Should We Burn Babar? Kohl weighs the case for and against the dearly beloved children’s classic, Babar the Elephant, noting in passing that it prevented him from "question[ing] the patriarchy earlier." He decides—but let Rosa expound the message of Kohl’s book: "[Babar]’s like a children’s book, right? [But] there’s an underlying meaning about colonialism, about like colonialism, and is it OK, it’s really like it’s OK, but it’s like really offensive to these people." Better burn Babar now!
In New York, as in almost every state, the focus on diversity and anti-racism indoctrination comes with the highest imprimatur. The State Board of Regents requires all prospective teachers to have at least one course in "diversity"; many local ed schools pride themselves on weaving "diversity" into all their courses. The nation’s most influential education school, Teachers College, promotes the most extreme race consciousness in its mandated diversity program. In her large lecture course, Professor Valerie Henning-Piedmont sneered at "liberal correctness," which she defined as "I don’t see the color of my students." Such misguided color blindness, she said, equals: "I don’t see the students."
Expect the folly only to grow worse. A draft report from the Regents Task Force on Teaching, grousing that future teachers lack sufficient grounding in diversity, calls for special training in such challenges as "teaching both sexes," thus further legitimizing the ludicrous proposition that schools mistreat girls. The Regents also make recruiting a more "diverse" teaching force a top priority, based on the assumption that minority students learn best from minority teachers. Currently, 34 percent of teachers in New York City, and 15 percent state-wide, are minorities, compared to a student population that is 83 percent minority in New York City and 43 percent statewide. Asked what evidence the Regents have for the proposition that the color of the teaching force correlates with achievement, Doris T. Garner, staff coordinator for the Task Force, admitted, "I don’t think hard evidence exists that would say that." If black students should be taught by black teachers, should white students be taught by white teachers? "I would not recommend that," replied Garner, fearless of illogic.
Since the Regents are making teacher diversity a top priority, something is going to have to give. Currently, blacks fail the content-free Liberal Arts and Sciences Test of provisional certification at a rate five times that of whites. But that’s just a temporary obstacle, because the test-bias hounds may be already closing in for the kill: the discovery that the exam discriminates against minorities. The Regents’ most recent paper on teacher training warned that the certification exam "must exclude language that would jeopardize candidates, and include language and content that reflects diversity." Now, the only candidates who would be jeopardized by the exam’s language are those, of any color, who are deeply troubled by hot air. As for "cultural bias," at present the exam is a rainbow of multicultural examples and propaganda—one sample question, for example, features a fawning review of a "multicultural dance work that is truly representative of the diversity of New York." Don’t be surprised if the complete absence of any "bias" in the exam, however, fails to prevent a concerted, taxpayer-funded effort to redraft it so as to guarantee an equal pass rate among all groups of takers.
Though the current diversity battle cry is "All students can learn," the educationists continually lower expectations of what they should learn. No longer are students expected to learn all their multiplication tables in the third grade, as has been traditional. But while American educators come up with various theories about fixed cognitive phases to explain why our children should go slow, other nationalities trounce us. Sometimes, we’re trounced in our own backyards, causing cognitive dissonance in local teachers.
A young student at Teachers College named Susan describes incredulously a Korean-run preschool in Queens. To her horror, the school, the Holy Mountain School, violates every progressive tenet: rather than being "student-centered" and allowing each child to do whatever he chooses, the school imposes a curriculum on the children, based on the alphabet. "Each week, the children got a different letter," Susan recalls grimly. Such an approach violates "whole language" doctrine, which holds that students can’t "grasp the [alphabetic] symbols without the whole word or the meaning or any context in their lives," in Susan’s words. Holy Mountain’s further infractions include teaching its wildly international students only in English and failing to provide an "anti-bias multicultural curriculum." The result? By the end of preschool the students learn English and are writing words. Here is true belief in the ability of all children to learn, for it is backed up by action.
Across the city, young teachers are dumping progressive theories faster than Indonesian currency. For all the unctuous talk of diversity, many progressive tenets are dangerously ill adopted to inner-city classrooms. "They don’t say ‘boo’ about this population," scoffs Samantha, a recent Hunter graduate now teaching in Brooklyn’s Bedford-Stuyvesant section. "My course in multiculturalism had zero to do with the classroom."
A former dancer, Samantha was an open receptacle for progressive ideas. But her early efforts to follow the model have left her stranded. Her fourth-grade class is out of control. "I didn’t set it up in a strict manner at the beginning," she laments. "I gave them too many choices; I did a lot of things wrong." Collaborative learning? Forget about it. "My kids resort to fighting immediately if I put them in groups." Samantha tried to use groups to make a poster on electricity. "It was mayhem; they couldn’t stay quiet," she recalls.
The student-centered classroom is equally a fraud. "You can’t give them choices," Samantha asserts flatly. Next year, with a new class, she will do things differently. "I will have everything set up to the last detail—their names on the desks, which notebooks to buy, how to label them. They need to know what hook to hang their coat on and where to go from there. Every minute of the day has to be scripted. You can’t just say: ‘Line up!’ because they’ll fight. Instead, you have to say: ‘Boys, stand up, push in your chairs, and here are your line spots.’ "
As for "meta-cognition," that is out as well. "My kids need the rote; they can’t do half of six or four divided by two." Samantha is using the most unholy of unholies to teach her children to read—a basal reader, derided by the education establishment as spirit-killing. But the reader gives her specific skill sets to work on—above all, phonics and grammar. "My kids don’t hear the correct sound of words at home, such as ‘th’ or the ending of words, so teaching reading is harder."
Journals, whole language, and "portfolio assessment" became more casualties of the real world at the Holy Cross School in the Bronx. The school recently hired a Teachers College graduate who arrived fired up with those student-centered methods. No more. Now she is working very hard on grammar, according to assistant principal William Kurtz. "Those [progressive] tools don’t necessarily work for kids who can’t read or tell you what a noun or a verb is," he says. In his own history class, Kurtz has discovered that he needs to be as explicit about study habits and research methods as Samantha is about classroom behavior. "When I give an essay question, I have to be very structured about going to the library and what resources to use. If you don’t do that, they look up nothing."
The education establishment would be unfazed by these stories. Samantha and William, it would say, are still prisoners of the "deficit model." All these two benighted teachers can see is what their kids don’t know, instead of building on their strengths. If those strengths are hip-hop music, for example, focus on that. But for heaven’s sake, don’t deny the children the benefits of a child-centered classroom.
In fact, the strict environment that Samantha plans is the best thing that could happen to her pupils. It is perhaps the only place they will meet order and civility. Samantha’s children are "surrounded by violence," she says. Many are not interested in learning, because at home, "everyone is dissing everybody, or staying up late to get high. My kids are so emotionally beat up, they don’t even know when they’re out of their seats." A structured classroom is their only hope to learn the rules that the rest of society lives by. To eliminate structure for kids who have none in their lives is to guarantee failure.
Given progressive education’s dismal record, all New Yorkers should tremble at what the Regents have in store for the state. The state’s teacher education establishment, led by Columbia’s Linda Darling-Hammond, has persuaded the Regents to make its monopoly on teacher credentialing total. Starting in 2003, according to a Regents plan steaming inexorably toward adoption, all teacher candidates must pass through an education school to be admitted to a classroom. We know, alas, what will happen to them there.
This power grab will be a disaster for children. By making ed school inescapable, the Regents will drive away every last educated adult who may not be willing to sit still for its foolishness but who could bring to the classroom unusual knowledge or experience. The nation’s elite private schools are full of such people, and parents eagerly proffer tens of thousands of dollars to give their children the benefit of such skill and wisdom.
Amazingly, even the Regents, among the nation’s most addled education bodies, sporadically acknowledge what works in the classroom. A Task Force on Teaching paper cites some of the factors that allow other countries to wallop us routinely in international tests: a high amount of lesson content (in other words, teacher-centered, not student-centered, learning), individual tracking of students, and a coherent curriculum. The state should cling steadfastly to its momentary insight, at odds with its usual policies, and discard its foolhardy plan to enshrine Anything But Knowledge as its sole education dogma. Instead of permanently establishing the teacher education status quo, it should search tirelessly for alternatives and for potential teachers with a firm grasp of subject matter and basic skills. Otherwise ed school claptrap will continue to stunt the intellectual growth of the Empire State’s children.
The end.
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Para aqueles que não sabem ler em inglês, procurem a versão em portuguesa traduzida pelo Prof. João Carlos Espada (se não estou em erro). Creio que foi publicada num dos cadernos do Jornal Expresso aqui há uns tempos atrás.

terça-feira, agosto 23, 2005

E AINDA OS FOGOS - PERGUNTAS



Estas abelhinhas lixadas não páram de me zumbir aos ouvidos...

À pouco "zumbiram" as seguintes perguntas:

1. SE PORTUGAL TEM CERCA DE 40.000 BOMBEIROS, MAS CERCA DE 20.000 É QUE ESTÃO HABILITADOS A APAGAR FOGOS (FLORESTAIS), SE SÓ ESTÃO CERCA DE 2.500 HOMENS NO TERRENO, ONDE ESTÃO OS OUTROS 17.500?

2. E JÁ AGORA, O QUE É QUE ESTAVAM A FAZER OS CARROS DA POLÍCIA ANTI-MOTIM A APAGAR FOGOS? SERÃO ESTES MAIS BARATOS DO QUE UTILIZAR OS MEIOS DO EXÉRCITO? OU TRATA-SE DE UMA QUESTÃO DE COMPETÊNCIAS (A PSP PODE APAGAR FOGOS, MAS O EXÉRCITO NÃO)?

...abelhinhas safadas!

(1) Why Johnny’s Teacher Can’t Teach – by Heather Mac Donald 1998

Nota prévia: Resolvi publicar este artigo, na sequência de um texto que o amigo Crack publicou no seu blog Crackdown e cujo o título é: “O espírito crítico é, em Portugal, um luxo para diletantes, ou coisa pior”. Para isto eu só tenho uma resposta: Haviam de lhes dar era com o espírito crítico na tola!
... e a propósito, o texto é grande e por isso foi divido em 2 partes.
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Americans’ nearly last place finish in the Third International Mathematics and Sciences Study of student achievement caused widespread consternation this February, except in the one place it should have mattered most: the nation’s teacher education schools. Those schools have far more important things to do than worrying about test scores—things like stamping out racism in aspiring teachers. "Let’s be honest," darkly commanded Professor Valerie Henning-Piedmont to a lecture hall of education students at Columbia University’s Teachers College last February. "What labels do you place on young people based on your biases?" It would be difficult to imagine a less likely group of bigots than these idealistic young people, happily toting around their Handbooks of Multicultural Education and their exposés of sexism in the classroom. But Teachers College knows better. It knows that most of its students, by virtue of being white, are complicitous in an unjust power structure.

The crusade against racism is just the latest irrelevancy to seize the nation’s teacher education schools. For over 80 years, teacher education in America has been in the grip of an immutable dogma, responsible for endless educational nonsense. That dogma may be summed up in the phrase: Anything But Knowledge. Schools are about many things, teacher educators say (depending on the decade)—self-actualization, following one’s joy, social adjustment, or multicultural sensitivity—but the one thing they are not about is knowledge. Oh sure, educators will occasionally allow the word to pass their lips, but it is always in a compromised position, as in "constructing one’s own knowledge," or "contextualized knowledge." Plain old knowledge, the kind passed down in books, the kind for which Faust sold his soul, that is out.

The education profession currently stands ready to tighten its already vise-like grip on teacher credentialing, persuading both the federal government and the states to "professionalize" teaching further. In New York, as elsewhere, that means closing off any routes to the classroom that do not pass through an education school. But before caving in to the educrats’ pressure, we had better take a hard look at what education schools actually teach.

The course in "Curriculum and Teaching in Elementary Education" that Professor Anne Nelson (a pseudonym) teaches at the City College of New York is a good place to start. Dressed in a tailored brown suit with close-cropped hair, Nelson is a charismatic teacher, with a commanding repertoire of voices and personae. And yet, for all her obvious experience and common sense, her course is a remarkable exercise in vacuousness.

As with most education classes, the title of Professor Nelson’s course doesn’t give a clear sense of what it is about. Unfortunately, Professor Nelson doesn’t either. The semester began, she said in a pre-class interview, by "building a community, rich of talk, in which students look at what they themselves are doing by in-class writing." On this, the third meeting of the semester, Professor Nelson said that she would be "getting the students to develop the subtext of what they’re doing." I would soon discover why Professor Nelson was so vague."Developing the subtext" turns out to involve a chain reaction of solipsistic moments. After taking attendance and—most admirably—quickly checking the students’ weekly handwriting practice, Professor Nelson begins the main work of the day: generating feather-light "texts," both written and oral, for immediate group analysis. She asks the students to write for seven minutes on each of three questions: "What excites me about teaching?" "What concerns me about teaching?" and then, the moment that brands this class as hopelessly steeped in the Anything But Knowledge credo: "What was it like to do this writing?"

This last question triggers a quickening volley of self-reflexive turns. After the students read aloud their predictable reflections on teaching, Professor Nelson asks: "What are you hearing?" A young man states the obvious: "Everyone seems to be reflecting on what their anxieties are." This is too straightforward an answer. Professor Nelson translates into ed-speak: "So writing gave you permission to think on paper about what’s there." Ed-speak dresses up the most mundane processes in dramatic terminology—one doesn’t just write, one is "given permission to think on the paper"; one doesn’t converse, one "negotiates meaning." Then, like a champion tennis player finishing off a set, Nelson reaches for the ultimate level of self-reflexivity and drives it home: "What was it like to listen to each other’s responses?"

The self-reflection isn’t over yet, however. The class next moves into small groups—along with in-class writing, the most pervasive gimmick in progressive classrooms today—to discuss a set of student-teaching guidelines. After ten minutes, Nelson interrupts the by-now lively and largely off-topic conversations, and asks: "Let’s talk about how you felt in these small groups." The students are picking up ed-speak. "It shifted the comfort zone," reveals one. "It was just acceptance; I felt the vibe going through the group." Another adds: "I felt really comfortable; I had trust there." Nelson senses a "teachable moment." "Let’s talk about that," she interjects. "We are building trust in this class; we are learning how to work with each other."

Now, let us note what this class was not: it was not about how to keep the attention of eight-year-olds or plan a lesson or make the Pilgrims real to first-graders. It did not, in other words, contain any material (with the exception of the student-teacher guidelines) from the outside world. Instead, it continuously spun its own subject matter out of itself. Like a relationship that consists of obsessively analyzing the relationship, the only content of the course was the course itself.

How did such navel-gazing come to be central to teacher education? It is the almost inevitable consequence of the Anything But Knowledge doctrine, born in a burst of quintessentially American anti-intellectual fervor in the wake of World War I. Educators within the federal government and at Columbia’s Teachers College issued a clarion call to schools: cast off the traditional academic curriculum and start preparing young people for the demands of modern life. America is a forward-looking country, they boasted; what need have we for such impractical disciplines as Greek, Latin, and higher math? Instead, let the students then flooding the schools take such useful courses as family membership, hygiene, and the worthy use of leisure time. "Life adjustment," not wisdom or learning, was to be the goal of education.

The early decades of this century forged the central educational fallacy of our time: that one can think without having anything to think about. Knowledge is changing too fast to be transmitted usefully to students, argued William Heard Kilpatrick of Teachers College, the most influential American educator of the century; instead of teaching children dead facts and figures, schools should teach them "critical thinking," he wrote in 1925. What matters is not what you know, but whether you know how to look it up, so that you can be a "lifelong learner."Two final doctrines rounded out the indelible legacy of progressivism. First, Harold Rugg’s The Child-Centered School (1928) shifted the locus of power in the classroom from the teacher to the student. In a child-centered class, the child determines what he wants to learn. Forcing children into an existing curriculum inhibits their self-actualization, Rugg argued, just as forcing them into neat rows of chairs and desks inhibits their creativity. The teacher becomes an enabler, an advisor; not, heaven forbid, the transmitter of a pre-existing body of ideas, texts, or, worst of all, facts. In today’s jargon, the child should "construct" his own knowledge rather than passively receive it. By the late 1920s, students were moving their chairs around to form groups of "active learners" pursuing their own individual interests, and, instead of a curriculum, the student-centered classroom followed just one principle: "activity leading to further activity without badness," in Kilpatrick’s words. Today’s educators still present these seven-decade-old practices as cutting-edge.

As E. D. Hirsch observes, the child-centered doctrine grew out of the romantic idealization of children. If the child was, in Wordsworth’s words, a "Mighty Prophet! Seer Blest!" then who needs teachers? But the Mighty Prophet emerged from student-centered schools ever more ignorant and incurious as the schools became more vacuous. By the 1940s and 1950s, schools were offering classes in how to put on nail polish and how to act on a date. The notion that learning should push students out of their narrow world had been lost.

The final cornerstone of progressive theory was the disdain for report cards and objective tests of knowledge. These inhibit authentic learning, Kilpatrick argued; and he carried the day, to the eternal joy of students everywhere.

The foregoing doctrines are complete bunk, but bunk that has survived virtually unchanged to the present. The notion that one can teach "metacognitive" thinking in the abstract is senseless. Students need to learn something to learn how to learn at all. The claim that prior knowledge is superfluous because one can always look it up, preferably on the Internet, is equally senseless. Effective research depends on preexisting knowledge. Moreover, if you don't know in what century the atomic bomb was dropped without rushing to an encyclopedia, you cannot fully participate in society. Lastly, Kilpatrick's influential assertion that knowledge was changing too fast to be taught presupposes a blinkered definition of knowledge that excludes the great works and enterprises of the past.

The rejection of testing rests on premises as flawed as the push for "critical thinking skills." Progressives argue that if tests exist, then teachers will "teach to the test"—a bad thing, in their view. But why would "teaching to a test" that asked for, say, the causes of the Civil War be bad for students? Additionally, progressives complain that testing provokes rote memorization—again, a bad thing. One of the most tragically influential education professors today, Columbia’s Linda Darling-Hammond, director of the National Commission on Teaching and America’s Future, an advocacy group for increased teacher "professionalization," gives a telling example of what she considers a criminally bad test in her hackneyed 1997 brief for progressive education, The Right to Learn. She points disdainfully to the following question from the 1995 New York State Regents Exam in biology (required for high school graduation) as "a rote recall of isolated facts and vocabulary terms":"The tissue which conducts organic food through a vascular plant is composed of: (1) Cambium cells; (2) Xylem cells; (3) Phloem cells; (4) Epidermal cells."
(…)to be continued.

segunda-feira, agosto 22, 2005

ISLÃO VS OCIDENTE

Resolvi escrever este ‘post’, para esclarecer a minha posição quanto a este assunto e na sequência da entrada anterior relativa à retirada israelita da faixa de Gaza.
Bom, para começar também não tenho muita fé nesta retirada. Eventualmente, até posso acreditar que estejamos perante um rol de boas intenções, porém, de boas intenções está o inferno cheio.
O fanatismo, seja ele de que natureza for, sempre conduziu a desgraças. E neste caso, a coisa não é diferente, nem de um lado, nem do outro. Se por um lado temos os extremistas islâmicos, por outro temos os fundamentalistas judeus. Ambos são iguais, só que os segundos não tendem a explodir-se em locais públicos. Ou seja, é apenas uma questão de metodologia.

Assim, pessoalmente, acho que os Judeus estão muito bem no sitio onde estão. Quer queiram, quer não, aquela terra pertence aos dois povos e eles têm mais é que aprender a co-habitarem. Para além disso, em termos de estratégia, acho imprescindível a presença dos Judeus naquela região. Pois quanto mais não seja, são um cunho Ocidental na região do Médio Oriente e constituem uma boa plataforma estratégica para qualquer tipo de acção, caso seja necessário.
Não querendo alarmar ninguém, sou uma daquelas pessoas que acredita que o Islão se encontra numa nova fase de expansão. Estas coisas são cíclicas e estes períodos de tensão podem ser maiores ou menores consoante as políticas adoptadas. Se Samuel Huntington tinha razão relativamente ao choque de civilizações, não sei mas que o modo de vida Islâmico não é compatível com o modo de vida ocidental, lá isso não é.

Para começar, as suas regras são, profundamente, teocráticas e o seu modelo de Estado é teocrático. Isso, aceitando ou não, é absolutamente incompatível com todas as Democracias ocidentais cujas regras têm um cariz laico. Portanto, quando aquelas criaturas se resolvem explodir onde quer que seja, a mensagem que me transmitem não é a de que estão a lutar por alguma causa nobre, mas sim a de que desprezam totalmente todos os princípios fundamentais de um Estado Democrático. Para eles não há a percepção do indivíduo como tal. Enquanto que para nós, no plano dos princípios morais, reconhecemos que a nossa natureza é idêntica à natureza dos outros (como diria alguém cujo nome não me recordo de momento; nós reconhecemo-nos no outro – embora eu acrescentasse que uns reconhecem-se mais do que outros). É claro que em termos filosóficos esta questão é bastante mais complexa do que aquilo que estou a dizer agora, mas no caso dos muçulmanos esta parte do reconhecimento do outro, não existe e por isso eles não podem respeitar aquilo que não existe. Eles advogam a anulação do indivíduo e por isso é que também não vêem nenhum inconveniente em explodir-se aqui e acolá, e também não vêem inconveniente nenhum em tratar o sexo oposto da forma como tratam. Aliás, este principio da anulação do indivíduo é uma característica de todos os Regimes autocráticos, nos quais se incluem as Teocracias.

Assim sendo – e atenção que me considero uma pessoa bastante tolerante a todos os níveis – na minha perspectiva eles são uma ameaça efectiva ao meu modo de vida, por isso também é que eu estou totalmente de acordo com a “Lei do Véu” implementada em França porque eles queixam-se da intolerância, mas são os primeiros a usar a desculpa da religião para se colocarem à margem das leis dos Estados de acolhimento. Desta mesma forma, quando me vêm com histórias dos ‘coitadinhos, tenho tanta pena’, eu costumo dizer que; “Quem tem pena, é galinha.”. No caso especifico dos Palestianos, as novas gerações estão todas perdidas. É chato dizer-se isto assim, a seco, mas estão mesmo. Não têm qualquer opção, ou são carne para canhão de um lado, ou são carne para canhão do outro e isto é apoiado pelo núcleo familiar que se a criatura se explodir, é um mártir e festeja-se, se a criatura for morta porque andava a atirar calhaus às tropas Israelitas é um mártir na mesma e festeja-se de uma forma diferente. Portanto, não são coitadinhos, são apenas estatísticas.

Ok, assim resumidamente, esta é a minha posição oficial.

E NÓS POR CÁ... CONTINUAMOS A ARDER

sexta-feira, agosto 19, 2005

RETIRADA ISRAELITA DE GAZA


Foto da BBC

Se querem que vos diga, acho que esta retirada é um erro. Nunca se cedem territórios depois de conquistados, nem nunca se conquistam territórios que não possam ser mantidos a curto, médio ou longo prazo. Da mesma maneira que nunca se encoraja a criação de enclaves, pois mais cedo ou mais tarde tornam-se numa fonte de problemas.

quinta-feira, agosto 18, 2005

OS 3 PRINCIPIOS DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO NA HOLANDA

Estive aqui a ler um relatório e achei que estes três pontos fariam as delicias daqueles senhores do ‘Fórum para a Liberdade de Educação’.

Segundo os holandeses, a liberdade de educação é um dos princípios mais importantes do seu sistema educativo e é garantido pela própria constituição.

Para eles esta liberdade é estabelecida a 3 níveis:

- Na criação de escolas;

Na Holanda é possível criar uma escola com base na Religião, na filiação política, filosófica ou em práticas pedagógicas.

1/3 das escolas são geridas pelos Municípios, 2/3 são geridas por privados.

No caso das escolas privadas, estas podem seguir uma das seguintes orientações; Antropológica, Católica, Hindu, Islâmica, Hebraica, Liberal, Neutral ou Protestante. Para além disso, estas escolas privadas podem ter políticas de admissão próprias e podem recusar-se a aceitar alunos cujos pais não professem da crença/ideologia que fundamenta aquelas Instituições.

No que respeita ao financiamento, todas as escolas têm o mesmo nível de financiamento, embora as escolas privadas possam ter outras fontes alternativas. No caso das escolas públicas, esse financiamento extra, só pode existir se o Município aumentar o a percentagem de financiamento das escolas privadas também.

- Na organização do seu modelo de educação;

As escolas são livres de definir o que querem ensinar e quais os métodos que vão utilizar.

Mas...

As disciplinas curriculares são definidas pelo governo, sendo este que estabelece os padrões de qualidade e os objectivos que devem ser alcançados. Posteriormente, estas instituições são inspeccionadas e avaliadas anualmente, no sentido de se verificar se os padrões de qualidade foram mantidos e se os objectivos foram alcançados.

- Na escolha da escola;

Os pais podem escolher, livremente, a escola que querem que os seus filhos frequentem.

***************

É claro que isto é só o inicio do dito relatório. Há mais questões abordadas, inclusive, os prós e os contras da adopção de uma política deste género.

Mas...

Se eu vos disser tudo, depois ficam sem nada sobre o que pensar.

quarta-feira, agosto 17, 2005

POLÍTICA À PORTUGUESA COM BATATINHAS A MURRO

Isto há coisas que, verdadeiramente, me transtornam no panorama político Português.

A propósito das eleições autárquicas, penso que não devemos ignorar os três casos mais caricatos de candidatos às Câmaras Municipais.

A saber:

- Isaltino Morais, candidato à Câmara Municipal de Oeiras,
- Fátima Felgueiras, candidata à Câmara Municipal de Felgueiras,
- Valentim Loureiro, candidato à Câmara Municipal de Gondomar.

Em comum têm o facto de todos terem processos pendentes em tribunal, sendo que, pelo menos, um destes candidatos é um foragido com mandato de captura e mesmo em caso de prisão preventiva, pode candidatar-se a um cargo político.

Bom, independentemente do nível de gravidade de cada um dos casos, ainda não consegui perceber quem é mais imbecil. Se os munícipes que os apoiam e que dão razão à teoria de que as massas são estúpidas, ou o candidato que – por ter sofrido algum processo de lobotomização ainda desconhecido – está privado do seu bom senso. Acrescente-se que, como não há duas sem três, pode igualmente dar-se o caso das duas partes sofrerem de um elevado grau de estupidez humana para a qual, ainda não há vacina.

No primeiro caso – a estupidez das massas – não existe qualquer novidade. É mesmo assim. O comportamento do indivíduo em grupo é completamente diferente do comportamento individual em si. Por norma, quando em grupo (entenda-se grandes grupos), não se pensa. Reage-se. A intensidade da reacção é que pode variar consoante o nível de instrução do indivíduo e a sua faixa etária. Indivíduos com um grau de instrução baixo e indivíduos duma faixa etária elevada, tendem a reagir emotivamente a determinados inputs porque são incapazes de questionar as coisas para além do básico. E aqui, o básico, penso que deve ser entendido em termos de:

- sobrevivência,
- manutenção de um determinado status quo,
- medo da mudança.

O que significa que, a qualquer coisa que coloque em causa os dois primeiros pontos supramencionados e seja percepcionado como uma ameaça, aquelas pessoas irão reagir de forma bastante hostil.

Paralelamente a isso, são indivíduos extremamente vulneráveis à manipulação.

No segundo caso, o bom senso dos candidatos , é inexistente em qualquer um deles. O que é comum a todos (além das contas que têm de prestar ao tribunal), é:

- São populares,
- Possuem uma grande dose de carisma junto dos seus munícipes,
- Deixam obra feita.

Qualquer um destes três atributos é, sem dúvida, de louvar. Mas...

Por exemplo, também os Imans fundamentalistas são; populares, gozam de uma grande dose de carisma junto dos seus e deixam obra feita. Aqui tudo depende do que entendemos por ‘obra feita’. O que nos torna diferentes daqueles que actualmente designamos por ‘terroristas’, são os princípios que defendemos e o respeito que temos pelas Instituições.

Infelizmente, em qualquer um dos três candidatos, não existem princípios, nem existe respeito pelas Instituições (sejam elas as máquinas partidárias ou Tribunais). Existe uma cegueira pelo poder e existe uma vontade de vingança que remete os interesses dos respectivos munícipes para um segundo plano, sem que estes se apercebam que são um mero instrumento para alcançar um determinado fim. Por acaso, esse fim não implica explodir-se numa carruagem do metro ou do combóio, mas podia implicar.

Sei que a comparação é um bocado dura e pode parecer injusta para com estes candidatos. Mas a verdade é que há eleições autárquicas de 4 em 4 anos e se estas 3 personagens têm processos pendentes, o bom senso diz que deveriam aguardar até a situação estar resolvida . Não podendo candidatar-se agora, poderiam candidatar-se daqui a 4 anos, mas pelo menos mostravam alguma integridade e respeito. Agora, argumentar (como fez o Major Valentim Loureiro), dizendo que também houve um membro do governo, não sei quando, que também era arguido num processo e nem por isso deixou o seu posto, é estar a usar uma coisa errada para justificar outra coisa errada e como dizem os americanos:

“two wrongs don’t make one right.”

segunda-feira, agosto 15, 2005

BATTLESTAR GALACTICA



Para quando os episódios?
O de hoje foi só o episódio piloto. Já vai na segunda época.

sexta-feira, agosto 12, 2005

DAQUI A 111 ANOS...

O nível de vida em Portugal consegue estar equiparado ao dos seus congéneres Europeus – diz a Edição do Diário Económico de hoje.

Fantástico!

Quando o Cavaco subiu ao governo estávamos, somente 50 anos atrasados em relação aos restantes países da Europa. Ele reduziu esse tempo, mais ou menos, para metade. O que significa que a governação destes últimos 10 anos, atrasou-nos em – pelo menos – 75 anos.

Estamos mesmo jeitosos...

quinta-feira, agosto 11, 2005

SOBRE A LIDERANÇA – I

“(...) one of the talents most characteristic of great managers is an ability to derive satisfaction from seeing tiny increments of growth in someone else.” – by Marcus Buckingham

Já se começa a perceber porque é que em Portugal os gestores/directores/etc são uns troncos, uns cepos, uns asnos.

Falando em asnos... Em conversa com uma amiga, fiquei a saber que no escritório dela haviam uns fardos de palha (às cores, segundo consta). Começo a considerar a hipótese de os trazer aqui para o meu local de trabalho. Penso que aqui as chefias iam gostar do snack.

ENTÃO E DESTES?


AINDA SE LEMBRAM DE ANDAR NESTES?


O MOMENTO ZEN DA LÍNGUA PORTUGUESA

“Por toda a parte a água sussurrante, a água fecundante... Espertos regatinhos fugiam, rindo com os seixos; grossos ribeiros açodados saltavam com fragor de pedra em pedra; fios direitos e luzidios como cordas de prata vibravam e faiscavam das alturas dos barrancos; e muita fonte, posta à beira de veredas, jorrava por uma bica, beneficamente, à espera dos homens e dos gados...”

Eça de Queirós
in A Cidade e as Serras

Cada dia que passa, assassinamos mais um bocado da língua portuguesa e sempre que isso acontece eu penso no «tio» Eça.

Assim, quando na SIC notícias ouvirem barbaridades do género; o centro financeiro de Londres foi BOMBARDEADO, pelo IRA, na década de 80. Respirem fundo, contem até 10 e lembrem-se do «tio» Eça.

quarta-feira, agosto 10, 2005

OS INCÊNDIOS, O CONTEXTO CULTURAL E OUTROS AFFAIRS – Parte 2

Ontem tinha ficado na parte dos média promoverem a imagem do povo português enquanto burros chucros. Bom, se bem que isto é verdade, também não é mentira que, por vezes, se tentam redimir apresentando reportagens sobre investigadores ou produtos que são desenvolvidos em Portugal para depois serem utilizados lá fora. No entanto, isto não chega para equilibrar os pratos da balança. Porquê? Um dia li uma noção fantástica do que é a qualidade. Dizia o autor, cujo nome não me recordo, que a qualidade é como um espelho; difícil de polir e fácil de embaciar. Com a imagem que se passa para terceiros é a mesma coisa. Demora 3 segundos para uma pessoa formar as suas primeiras impressões. Demora muito mais tempo do que isso corrigi-las. O maior problema desta gente, é o problema de todos os restantes, vivem no momento sem pensar nas consequências que os seus actos têm num futuro próximo. A minha grande dúvida é saber se eles pensam de todo.

No entanto, não acredito que a responsabilidade seja destes jovens jornalistas, não é. A maior parte deles sujeita-se a ter de sobreviver num meio um bocado dramático cujas condições não são, propriamente, um passeio no parque.

E isto leva-nos aonde? Leva-nos a subir mais um degrau na escada hierárquica e a dizer que quem gere, gere mal ou não gere de todo.

Eu estava, agorinha mesmo, tentado a afirmar que em Portugal os gestores são como os merceeiros. Mas não o vou fazer porque penso que os merceeiros, com os seus poucos conhecimentos, conseguem gerir melhor as suas mercearias do que os gestores as suas empresas. Logo, estaria a ser muito injusto para com a classe dos merceeiros.

Até podem pensar que estou a ser mau para a classe dos gestores e eu tenho de vos dizer que, estou mesmo. Se quiserem ver as coisas de uma forma positiva, eu sou mau para praticamente todas as classes. É claro que, de acordo com a minha perspectiva, apenas sigo os princípios constitucionais da não discriminação e da igualdade de oportunidades. Mas voltemos aos gestores.

O termo ‘Gestor’ é muito lato e pode ser aplicado a todo um universo de licenciados em gestão, mais aqueles que não sendo licenciados em gestão gerem qualquer coisa (desde já note-se que a usurpação do termo pelos não licenciados em gestão é tão aberrante como chamar médico a um não licenciado em medicina.). Para além desta universalidade no uso do termo, ainda temos o Sector Público e o Sector Privado.

Confesso que, mais uma vez, estava tentado a dizer que existem diferenças entre estes dois sectores, mas não sei porquê parece-me um vil engano.

Suponho que em termos teóricos essas diferenças existem. Na prática, são capazes de existir mais semelhanças do que diferenças, pelo menos no caso português (no entanto não posso sustentar esta afirmação porque nunca li nada sobre o assunto, apenas falo sobre o que observo). Para resumir, vou colocar gestores privados e públicos dentro do mesmo saco porque o padrão cultural de falta de competência para gerir pessoas é o mesmo quando falamos sobre organizações públicas ou privadas. Seja qual for a volta que dêem e seja qual for a sustentação teórica que arranjem, o problema da falta de produtividade deste país, para o qual nenhum dos génios ainda arranjou solução, prende-se com a falta de competência dos gestores para gerir os colaboradores que têm.

Aqui, ninguém coloca em causa as competências técnicas adquiridas por via da formação académica. As coisas valem o que valem e os números também. Mas o facto de se saber somar e subtrair não faz com que um gestor saiba colocar os seus funcionários/colaboradores/empregados (escolham vocês o termo porque a mim tanto me faz, é apenas uma questão de semântica), a trabalhar. E este “trabalhar” não deve ser entendido no sentido tradicional que a maior parte desses géniozinhos iluminados entende e que se reduz ao, simples facto de, executar uma tarefazita. Este “trabalhar” deve ser entendido no sentido conduzir cada um dos seus colaboradores a fazer melhor.

Vou dar-vos um exemplozito para me explicar melhor. Trabalho numa instituição pública (mas não me confundam porque não sou funcionário público, nem tenho pretensões de o ser), gerida de uma forma privada e onde toda a gente se queixa. Na maior parte das vezes, o ambiente é de cortar à faca e sendo que não ganhamos nada mal, a maioria de nós só está à espera de uma oportunidade para nos pôr a andar daqui para fora (eu inclusive).

A estrutura é simples. 1 Director (neste caso Directora), 3 Coordenadores ( 1 dos quais para a área financeira), 3 equipas subordinada a 1 dos outros coordenadores (pode ser o A), 1 equipa única subordinada ao outro (que pode ser o B).

Nas 3 equipas subordinadas ao coordenador A, uma das equipas é composta por 3 pessoas; a outra é composta por 8 e a última é composta por 5.

A equipa subordinada ao Coordenador B é composta por 7 pessoas.

Como é óbvio, os maiores problemas encontram-se sob a alçada do Coordenador A porque tem de gerir 16 pessoas, enquanto que o B só tem de gerir 7. E dentro da área de coordenação daquele que tem de gerir 16 pessoas, os maiores berbicachos aparecem na equipa composta pelas 8 pessoas (designada pela Directora, como a ‘Equipa Problema desta casa’. Digo-vos, ainda bem que a senhora é Psicóloga pois ela sabe, de facto, lidar com pessoas).

Bom, eu mudei para esta equipa há cerca de 6 meses (mas não queria pois a reputação deles precede-os... ou será, persegue-os?), porque – de acordo com a Directora – não sabia trabalhar em equipa (note-se que, anteriormente, estava na equipa das, agora, 3 pessoas designada pela Directora como a ‘Equipa Maravilha’... Digo-vos, a mulher é mesmo boa no que faz, percebe disto à brava). Mas adiante, excluindo os detalhes desta transição, acabei por ser despromovido visto que passei da “Equipa Maravilha” para a “Equipa Problema”.

Porém, nestes últimos 6 meses pude observar coisas, as quais nunca me teria apercebido se não fizesse parte desta equipa, começando pelo facto de que os meus colegas trabalham muitíssimo bem face às condições que lhes dão. Esta equipa de 8 pessoas, tem um volume de trabalho, pelo menos cinco vezes, superior ao volume de trabalho de cada uma das restantes equipas. Por isso, é claro que de vez em quando, aparecem reclamações de algum ‘cliente’ mais exaltado. No entanto, aparentemente, a Sra. Directora é incapaz de realizar um simples exercício de lógica que é, a mera compreensão de que 2 em 500 não significa a mesma coisa que 2 em 100... mas ei! Ela é psicóloga percebe ‘bué’ do comportamento dos indivíduos e dos seus perfis psicológicos, mas puseram-na a gerir uma instituição. É assim, eu também curto ‘bué’, filmes de ficção científica mas nem por isso me chamaram para dirigir a NASA.

Por outro lado, o Coordenador A também não coordena. É apenas um tipo porreiro que baralha e dá outra vez, por isso esta equipa de 8 pessoas funciona lindamente quando a direcção está ausente. Porquê? Por uma razão muito simples, porque perante uma situação de caos os grupos tendem naturalmente para a auto-organização e a escolha de quem faz o quê tende para aquilo que se sabe fazer melhor. Mas ei!... Eu não sou psicólogo e segundo consta, também não sei trabalhar em equipa... Mas sou ‘lixado’ à brava! Como diriam os meus amigos ‘amaricanos’ sou um ‘Smart Ass’.

Ora, se o problema não se encontra na esfera de competências destes 8 gatos pingados e a estrutura não é assim tão grande, então só se poderá encontrar noutros dois pontos ao longo da mesma. É realmente uma pena que não se possa fazer a avaliação de baixo para cima.

Bom, isto já está muito grande e eu tenho de ficar por aqui. Mas amanhã continuo.

terça-feira, agosto 09, 2005

63 BLOGUES + 1 JORNAL DIGITAL VS GOVERNO

Num blog perto de si.

Isto é que é organização...

...bom, com o apoio e o incentivo às Novas Tecnologias um dia destes temos uma revolução virtual.

E eu estou "p'ráqui" a brincar, mas concordo com o que defendem.

TESTES DE Q.I

Demónios!!
Ainda não foi desta que consegui passar para o grupo dos 'Génios'!
Contudo, fiz uma descoberta curiosa. Descobri que o meu raciocínio matemático é de 70%... Sei que parece idiota, mas para quem nunca teve mais de 2 na disciplina de matemática, desde o 7º até ao 9º Ano, isto é uma descoberta fenomenal. Principalmente se, ainda, considerármos que desde então, nunca mais quis nada com os números.
Estou a sentir-me um bocado defraudado com o ensino da matemática neste país... Não é por nada, mas se a minha capacidade matemática é de 70%, pergunto-me se não estaria melhor se tivesse sido melhor ensinado na escola...
Conselho aos pais:
Submetam as vossas crianças a testes de Q.I, pois poderão ficar a saber se o problema é delas ou de terceiros.
P.S - Se quiserem sigam o link do título e façam o vosso teste. No meu caso, continuo no grupo dos 'altamente inteligentes'... enfim, podia ser pior. E atenção, no caso dos adultos, não vos deve demorar mais do que 30 minutos.

OS INCÊNDIOS, O CONTEXTO CULTURAL E OUTROS AFFAIRS

Ouvi ontem nas notícias que Portugal tem muitos mais incêndios, por metro quadrado, do que Espanha.

Não sei porquê, não me surpreendeu. Algumas das causas que apontavam para tal era, no fundo, a falta de civismo do povo Português. O que, diga-se em abono da verdade, também não me surpreendeu. A falta de civismo do povo Português está enraizada no nosso contexto cultural que, em última análise conduz ao debate sobre os estado da Educação (ou a falta dela).

Dizer que sempre foi assim é como dizer, no local de trabalho ‘Sempre se fez assim’, o que inevitavelmente nos leva a perguntar; ‘E não tendes cabecita para pensar um bocadinho?’

Não vou defender o governo e muito menos o «tio» Sócrates (porque apesar de estar a trabalhar à 7 meses e ter direito a 11 dias de férias, enquanto Chefe do Governo deveria ter permanecido no país. É óbvio que não poderia impedir os fogos, nem as pessoas de perderem os seus bens, mas ao ter ido de férias para o Quénia a mensagem que transmitiu foi a de; ‘Vá! Governem-se e não me aborreçam!’, isto é, deixou a mensagem «I don’t care», quando o timing era para dizer «I am here and I do care.»). Contudo, numa das últimas intervenções dele houve uma coisa que ele disse que me ficou na cabeça e que foi, exactamente, essa história dos Portugueses terem a mania de dizer ‘Sempre se fez assim’, havendo que contrariar essa tendência. Quanto mais não seja, também concordo com isso. O que me preocupa não é o princípio, mas sim o ‘Como?’.

Lá diz o provérbio “Todos os caminhos vão dar a Roma”, o que é uma verdade. Mas aqui trata-se de saber qual o melhor caminho para lá chegar. Admito que muitos pensem que, no nosso caso e na maior parte das vezes, não se trata de encontrar o melhor caminho mas sim o único caminho possível como se não existissem outras possibilidades. E é nisto que discordamos estejamos a falar de finanças ou de outra coisa qualquer. Nunca existe um único caminho possível. Existe uma diversidade de caminhos e todos eles são possíveis, tudo depende dos resultados que se querem obter e com que grau de consistência. Se continuarmos a achar que a distância mais curta entre dois pontos é uma linha recta e quisermos chegar a Roma, num ápice, ao volante de uma caranguejola velha, é claro que à partida é possível. Mas na viagem pode-nos acontecer uma série de coisas que vão desde, ficarmos pelo caminho porque a ‘Relíquia’ dá o berro antes de chegarmos ao destino, até chegarmos onde queríamos e depois não podermos voltar porque levámos ao limite o nosso único meio de transporte. Em qualquer um dos casos, nenhum dos resultados é sustentável e/ou consistente.

Aqui há um par de anos atrás, estava eu mais uns colegas meus num daqueles jantares de confraternização que o IEP (Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica) organiza, numa amena discussão sobre a falta de civismo que é o estacionamento das viaturas em 2ª fila e como isso empata o trânsito desnecessariamente. Quase todos concordámos que os indivíduos que fazem isso deviam ser chicoteados em praça pública. Mas eis que de repente, nos aparece um irredutível Gaulês pela frente. Era o advogado do contencioso da Air Luxor e uma outra coisa qualquer da Assembleia Municipal de não-sei-onde (ainda por cima do PSD). Bom, dizia ele que estacionar em 2ª fila já fazia parte da cultura Portuguesa. Era já uma tradição e havia que compreender e ser tolerante. Como devem calcular, nós – os Romanos – ficámos doidos com o desplante do bárbaro.

Ficámos também preocupados. Não porque ele era advogado, mas porque pertencia à Assembleia Municipal de não-sei-onde. Ou seja, para melhor ou para pior, sempre tinha um cargo político (e discursava como tal. Falava, falava, falava mas não dizia um boi. Isto para as pessoas objectivas faz um bocado de confusão). Nenhum de nós tinha nada contra a tolerância, mas tínhamos contra a falta de respeito pelo próximo e para nós, estacionar viaturas em 2ª fila revelava exactamente isso. À laia de brincadeira acabei por lhe dizer; ‘Acho que tens toda a razão. Também pagas os teus impostos, mais o imposto de circulação, tens o direito de aparcar o carro onde muito bem entenderes, mesmo que seja no meio da rua. E os outros têm o dever de te compreender e de te tolerar. Lembra-te sempre disso quando estiveres no lugar dos outros.’. Que outra coisa havia eu de lhe dizer? ‘Chiiii meu! O tico e teco foram de férias para as Bahamas e não te disseram nada!’. Claro que não. Para além disso, naqueles jantares não podemos dizer essas coisas, dá mau aspecto e um ar muito pouco inteligente... Eles não gostam (aliás, aquela gente não gosta de muita coisa o que é uma pena, porque se abrissem mais a pestana e não estivessem tão espartilhados, até seriam capazes de reconhecer a genialidade quando esta lhes aparecesse pela frente. Mas as histórias sobre o IEP ficam para outras núpcias).

Adiante, falávamos então da falta de civismo, dos incêndios, do estacionamento em 2ª fila e dos caminhos para Roma. Mas há mais. Outra coisa que me deixa, particularmente, encanitado nesta altura do ano é falta de conhecimento dos jornalistas. Eu não queria dizer que são burros, mas de facto também não posso dizer que primam pela inteligência. Sempre que chegamos ao mês de Agosto, começa a história dos emigrantes. Quando é que aquelas criaturinhas vão entender que, emigrantes são, somente, aqueles que vêm de fora do continente europeu? Será que ainda não perceberam que aqueles que vêm dos Estados Membros da União já não são emigrantes? Será que também ainda não perceberam que a denominação é pejorativa? Será que ainda não perceberam que enquanto continuarem a não fazer a distinção, estão-nos a reduzir a pedreiros e empregadas domésticas? E tudo isto no pior sentido possível? É que a bem ver, uma empregada doméstica Ucraniana tem mais cultura do que uma portuguesa, por isso não sei se estão bem a ver a dimensão da coisa. Os media em vez de estarem a contribuir para a educação, há muito que se divorciaram desse papel, preferem agora promover a imagem do povo português como burro e chucro acabando, no processo, por serem tão burros e chucros quanto a imagem daqueles que promovem. É impressionante. Até porque também ainda não perceberam que o excessivo tempo de antena que estão a dar aos fogos, faz com que os malucos saiam à rua para ir pegar fogo às coisas. A linha que separa aquilo que é informação daquilo que não o é, é muito ténue e um dia destes os senhores da comunicação social vão perceber que o grande debate, já não é a guerra de audiências nem a rapidez com que se chega ao local do evento, mas a qualidade e a fiabilidade da informação.

Poderia continuar a escrever, estou inspirado e o texto até me está a sair bem, mas isto já vai longo e no entretanto vocês já se devem ter perdido ou parado de ler. A mim, parece-me claro que vou ter de dividir este texto em dois, por isso, de momento vou ficar por aqui (até porque tenho de ir traduzir umas coisitas sobre liderança, um tema giro para falar um dia destes).

Me aguardem!!

segunda-feira, agosto 08, 2005

AO AMIGO CRACK


Pois é, ontem foi o aniversário do "camarada" Crack e eu, para variar, esqueci-me.
É normal. Tenho uma inclinação natural para me esquecer de aniversários, excepto do meu (o único que me daria algum prazer em esquecer). De resto, não vale a pena - sequer - escrever as datas na agenda uma vez que depois, esqueço-me de consultar a dita. A única maneira de saber às quantas ando é fazer uso das novas tecnologias. E de preferência com algum som de alarme, ou seja, tem de apitar... o que de certa forma, até é um transtorno pois estas coisas têm a tendência de apitar nas alturas menos apropriadas, mas enfim.
A maior parte das pessoas conhece "o amigo" Crack da blogosfera e dos comentários que costumava colocar no Expresso online. Eu conheço "o amigo" Crack porque tive o enorme prazer de trabalhar com "ele" durante alguns anos.
Em termos profissionais, é uma pessoa que sabe LIDERAR. Não é um "chefe", não é um "velho do Restelo", nem é um verbo de encher. É uma pessoa que tem umas ideias muito claras, que sabe delinear muito bem a sua estratégia e que sabe executá-la. E esta é uma das razões pelas quais gostei de trabalhar com "o Crack". Outra, prende-se com o facto de ser um dos poucos profissionais que se preocupa mais em encontrar soluções, do que em encontrar bodes expiatórios (que grosso modo, é o que toda a gente faz e ainda por cima acham que fazem bem). É uma excelente pessoa com quem se aprende bastante. Quer quando se acerta, Quer quando se erra, com o Crack aprende-se sempre de uma forma positiva e isso no fundo, é o fundamental.
Inimigos de estimação, pois deve ter alguns. Quem é que não os tem? Além disso, o que é que aconteceria se todos gostassem do "amarelo"? O Sherlock Holmes tem o Prof. Moriarty e o Super-homem tem o Lex Luthor, so what? Ninguém morre por causa disso... Bom, pelo menos não na maior parte das vezes... a não ser que esteja envolvido com a máfia russa ou assim.
Adiante, em termos pessoais tem umas qualidades humanas invejáveis. Não sei se será da experiência de vida, mas a verdade é que, essas, eu não as tenho. O que é uma pena, porque tirando isso, até sou uma boa pessoa. Ainda me cheguei a candidatar para que me adoptasse e tudo, mas a candidatura não cumpriu o prazo previsto e eu fiquei pendurado. Contestei é claro. Ainda cheguei a fazer uma vigilia à porta da sua casa (com velinhas e palavras de ordem escritas num lençol branco), felizmente tudo acabou em bem e não foi necessário chamar a carrocinha da Câmara Municipal.
E «prontos»! Este é o meu tributo ao Crackdown. Inicialmente pensei em colocar um poema, ou qualquer coisa assim do género, mas isso era uma grande lamechisse e não é o meu estilo. Esta forma é muito mais gira.
Parabéns Crack.